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Cristiane espera apoio da torcida na Copa América de futebol feminino: "Tem que apoiar sempre, e não só quando o masculino vai mal"

A Atacante Cristiane é um dos destaques da seleção brasileira de futebol feminino e em entrevista ao site 'Uol' revelou que espera que a torcida brasileira apoie as jogadoras, que lutam por vagas no mundial da nos jogos olímpicos de tóquio, e não apenas quando a seleção masculina vai mal, como aconteceu no início dos jogos Rio 2016: 

"As pessoas não podem enxergar o futebol feminino só quando acontece algo ruim com o masculino. Infelizmente, em todos os anos foi assim: o masculino vai mal em uma Copa ou Olimpíada, nós nos destacamos, e as pessoas passam a enxergar o futebol feminino" explicou

Em setembro, Cristiane tinha anunciado que deixaria a seleção após a saída de Emily Lima do comando da seleção. Mas foi convencida por Vadão, que retornou como técnico da seleção, a voltar. ela explicou os motivos do desabafo feito no anúncio de sua saída: 

"Era uma maneira de o meu recado chegar até o presidente [da CBF, Marco Polo del Nero], coisa que nunca aconteceu antes. Isso foi uma maneira de chamar a atenção dele para o descaso quanto a algumas coisas, e o meu cansaço por tentar e não ter um retorno positivo. "Nós temos muitas ideias para a seleção e o futebol feminino no geral. A gente meio que vira um disco virado. Todas as vezes a gente fala as coisas que precisam acontecer para a modalidade evoluir, a pessoa te escuta e depois finge que nada aconteceu. Primeiro tem que ter vontade."

Em fevereiro, cinco meses depois de deixar a equipe, ela viu algo mudar e anunciou que voltaria a defender o Brasil. Questionada sobre os motivos que a levaram de volta ao time de Vadão, Cristiane disse que as coisas estão melhorando, mesmo lentamente. 

Ela não foi poupada das críticas nos dois momentos. "Foi uma decisão muito minha, pessoal. Fui criticada dos dois jeitos, quando saí e voltei. Mas eu não tenho como agradar todo mundo, a gente tem que procurar sempre o que é melhor para a modalidade" ressaltou cristiane, que afirma que nâo tem nenhum problema em trabalhar com Vadão.

"As pessoas confundiram muito a minha decisão como uma mobilização para a Emily. Não foi isso que me fez sair, eu tive os meus motivos. Eram motivos meus, que eu carregava há muitos anos aqui. Eu e a conhecia, mas não tinha grande amizade. O meu debate com eles era voltado a todas as outras coisas, não a demissão da Emily. Não tenho problema com a Emily, nem com o Vadão", disse. 

Aos 32 anos, Cristiane já calcula que terá 35 em 2020, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ainda há muito tempo até lá, mas o Japão deve ser o ponto final de sua longa história com a seleção. "Eu acho que estou mesmo no meu último ciclo na seleção, porque vou disputar minha última Olimpíada com 35 anos. Depois vamos ver até quando vou aguentar, ou até quando tiver vontade" encerrou


Com informações de Uol
foto: GettyImages

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