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Sem chances no Brasil, ginasta treina nos EUA e vai disputar torneio francês

Sem clube há mais de um ano no Brasil, o ginasta Petrix Barbosa decidiu aceitar o convite para participar de outro campeonato nacional: o francês. Integrante da equipe brasileira campeã pan-americana em 2011, o ginasta de 26 anos treina em Miami, nos Estados Unidos, desde o ano passado, depois do fim do projeto de ginástica do Vasco - também defendeu o Flamengo. Sem chances de competir em seu país por questões financeiras e burocráticas, ele abraçou a oportunidade de voltar às competições em uma etapa do Top 12, circuito francês entre clubes, no dia 24 de março.

"Me convidaram porque sabem que eu estou treinando nos Estados Unidos com um grande treinador, que é o Yin Alvarez, campeão olímpico. É um torneio muito legal porque tem um nível ótimo, e os aparelhos são excelentes. Será uma ótima experiência" disse Petrix ao site globoesporte.com


O atleta paulistano garante estar em plenas condições físicas e sonha em voltar a defender a seleção brasileira. Para isso, porém, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) pede que ele se vincule a uma equipe brasileira para disputar o campeonato nacional e, assim, ter uma chance de ser avaliado pela comissão técnica da seleção.

"Estou em totais condições de disputar o Pan-Americano, os Jogos Olímpicos e qualquer outra competição a nível mundial, pela seleção brasileira ou não. A questão é que, para que eu volte a ser convocado para as seletivas e para os principais torneios do mundo pela seleção, preciso estar vinculado a um clube. E desde que meu contrato com o Vasco se encerrou, não tive mais essa oportunidade. Já tentei em três clubes, e não consegui. Um me exigiu que eu ficasse pelo menos metade do ano no Brasil, e isso é impossível porque eu tenho um plano de treinamento nos EUA, e toda a minha vida está acertada aqui. Eu quero e tenho direito a continuar com o meu técnico. Tentei São Caetano e me explicaram que não conseguem pagar nem a minha taxa de inscrição, porque me ofereci a defender o clube sem salário algum. É muito difícil. Eu escolhi treinar nos Estados Unidos porque era algo bom para mim, contribui para a minha evolução. Não entendo porque não tenho apoio. Estou nos Estados Unidos mas ainda sou brasileiro" declarou o ginasta, que sonha com o ouro olímpico: "É meu grande objetivo".


Mesmo sem clube até às vésperas da Rio 2016, quando acertou com o Vasco, Petrix brigou por uma vaga na equipe olímpica treinando no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro, sob o comando de Renato Araújo, na época técnico-chefe da seleção brasileira. O cenário mudou para o ciclo olímpico de Tóquio 2020.

"Eu quero apenas realizar meus sonhos, que é ter uma medalha em um Mundial, disputar uma Olimpíada, é isso o que eu penso. Eu gostaria apenas de ter uma oportunidade justa."

A última vez que Petrix competiu pela seleção brasileira foi o Aberto do México, na capital do país, em novembro de 2016, logo apos a Olimpíada do Rio de Janeiro. Ele foi o quarto colocado, atrás do japonês Kazuma Kaya, do espanhol Nestor Abad e do colombiano Didier Lugo, hoje companheiro de treino em Miami. O ginasta tem como ponto forte a barra fixa.

"A barra fixa é realmente o meu forte, mas minhas séries de barras paralelas e cavalo com alças estão com notas de partidas muito boas. E em uma competição em que eu acerte esses três, tenho grandes chances de medalhas" disse Petrix.


Foto: Ricardo Bufolin/ CBG

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