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Recordes seguem caindo no terceiro dia do Mundial de Paraciclismo de Pista, no Rio de Janeiro

O terceiro dia do Mundial de Paraciclismo de Pista Rio 2018 foi marcado pela quebra de mais recordes mundiais. Após a chinesa Jieli Li derrubar a primeira marca na sexta-feira (23), o sábado (24) contou com dois novos registros históricos, que confirmam a vocação veloz do Velódromo do Parque Olímpico da Barra, onde a competição acontecerá até este domingo (25). O evento no Rio dá o pontapé na disputa pelas vagas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. 

O primeiro recorde mundial aconteceu ainda nas qualificatórias da perseguição individual feminina 3km da classe C4. A australiana Emily Petricola registrou 3min54s501, tempo quase meio segundo mais rápido do que os 3min55s006 da americana Shawn Morelli. O troco, no entanto, foi dado na decisão da medalha de ouro, em que a americana superou a rival para subir ao lugar mais alto do pódio. O bronze ficou com a também australiana Meg Lemon. 

A segunda marca mundial veio na sessão da tarde do evento, com a britânica Sophie Thornhill. Ela conquistou o ouro do contrarrelógio de 1km da classe B, com a piloto Helen Scott, ao registrar o tempo de 1min05s912 - 9 décimos mais veloz do que a antiga marca, dela própria, que já perdurava quatro anos. Jessica Gallagher (AUS) ficou com a medalha de prata, enquanto a belga Griet Hoet foi bronze. 

"Sabíamos que estávamos pedalando muito bem, mas não esperávamos superar o recorde mundial em tanto tempo. Normalmente, nós temos uma noção de como estamos indo, mas não desta vez. Podemos dizer que há algo especial no ar aqui no Brasil (risos). Essa pista tem sido incrível para nós", disse Sophie Thornhill, atual campeã paralímpica.

O Velódromo do Parque Olímpico já havia sido sede dos Jogos do Rio 2016 e ficou conhecido por ser uma das pistas mais velozes do planeta. "A expectativa desde o começo era de que houvesse um bom número de quebra de recordes mundiais. A pista é realmente muito rápida por causa da qualidade da madeira e a boa manutenção que é feita nela pela AGLO (Agência de Governança do Legado Olímpico). Tínhamos certeza que, se deixássemos o velódromo em uma condição adequada, haveria estas quebras", disse Edilson Alves da Rocha, o Tubiba, diretor da competição. 

Além dos recordes, o dia também foi marcado pelo pentacampeonato mundial do eslovaco Jozef Metelka, que faturou o título da perseguição individual, classe C4. Na decisão, que reeditou a final paralímpica de 2016, ele superou o australiano Kyle Bridgewood. Jaco Van Gass, da Grã-Bretanha, foi o terceiro colocado e ficou com o bronze. 

A Gra-Bretanha conquistou mais duas medalhas de ouro na sessão da tarde. Primeiramente, com Crystal Lane-Wright, que superou Nicole Murray (NZL) e Samantha Bosco (EUA) na disputa da perseguição individual C5 feminina, 3km. Em seguida, houve a dobradinha do país europeu no contrarrelógio de 1km da classe B. Neil Fachie ficou com o ouro, enquanto James Ball foi prata. O intruso foi Tristan Bangma, da Holanda, que foi terceiro colocado e completou o pódio.

Duas provas encerraram o programa do dia. Na perseguição individual de 4km masculina, classe C5, o título ficou com o ucraniano Yehor Dementyev, seguido pelo britânico Jonathan Gildea e o holandês Daniel Gebru. Por fim, na decisão do Scratch feminina C4-5, o ouro ficou com Caroline Groot, da Holanda, prata para Paula Andrea Ossa, da Colômbia, e bronze para Mariela Delgado, da Argentina.

Visita ilustre
A competição neste sábado ainda contou com a presença do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o brasileiro Andrew Parsons. Eleito ao cargo máximo do paradesporto mundial em setembro do ano passado, Andrew mostrou-se satisfeito com a organização do evento e ressaltou o início do legado dos Jogos do Rio 2016. O Velódromo recebe uma competição internacional pela primeira vez desde o evento. 

"É muito bom estar de volta ao Velódromo do Parque Olímpico da Barra e saber que o Movimento Paralímpico tem qualidade e iniciativa para inaugurar o legado deste espaço em altíssimo nível. O ciclismo é uma enorme atração, das mais excitantes e é muito bom estar de volta", disse Andrew Parsons. 

Programação
O Mundial de Paraciclismo de Pista Rio 2018 chega ao fim neste domingo (25) com as disputas das provas de Sprint 200m da classe Tandem (para deficientes visuais), as provas de Sprint por equipes e as finais do Scratch 15km masculino, que terá apenas duas provas para as cinco classes: uma será entre o C1, C2 e C3 e outras entre os ciclistas do C4 e C5.

No Sprint 200m feminino, as favoritas são as duplas britânicas Sophie Tornhill e Helen Scott (pilota) e Lora Fachie e Corrine Hall (pilota) e as australianas Jessica Gallagher e Madison Janssen (pilota). Márcia Fanhani e Taíse Benato (pilota) são as brasileiras na disputa.

No Sprint 200m masculino, os destaques ficam por conta das duplas James Ball e Peter Mitchell (piloto) e Neil Fachie e Matthew Rotherham (piloto) da Grã-Bretanha, além dos holandeses Tristan Bangma e Patrick Bos (piloto) e dos malaios Muhammad Rizan e Muhammad Rasol (piloto). Marcelo Andrade e Marcos Novello (piloto) serão os brasileiros na prova.

As disputas de medalhas do Scratch 15km acontecem no final da sessão da manhã e Soelito Gohr será o representante do Brasil. Já a disputa por equipes do Sprint 750m será no começo da sessão da tarde, a partir das 16h. Será a primeira vez que o Brasil participará da prova.

Foto: MPIX/CPB


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