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Marco La Porta é eleito novo vice-presidente do COB

Comitê Olímpico do Brasil tem um novo vice-presidente. Marco La Porta, presidente da Confederação Brasileira de Triatlo, assume o lugar de Paulo Wanderley, que se tornou presidente da entidade em outubro de 2017 com a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, após derrotar na manhã desta sexta-feira, em urnas eletrônicas, os também candidatos José Medalha, com um voto, e Marcel de Souza, com três votos. Por pouco, La Porta não foi eleito por unanimidade.

E houve novidades. Pela primeira vez em sua história, o COB elegeu um Comitê de Ética, que terá maioria de membros independentes. Também pela primeira vez, 12 atletas – um quarto do total de eleitores – tiveram direito a votar. Foi eleito ainda um Conselho de Administração, algo também inédito no comitê. O mandato vale até o fim de 2020.

"Hoje o Comitê Olímpico deu uma lição de democracia com a participação de todos votando, bem transparente, eu acho que é um dia histórico no nosso esporte olímpico. Já tenho conversado com o Paulo Wanderley, a proposta é ajudar o esporte olímpico na parte que eu tenho mais conhecimento, na parte das Forças Armadas aproveitando meu passado, estar bem junto com as confederações para chegar na ponta que é o atleta" disse La Porta, que se formou em Educação Fìsica no Exército e treinou equipes militares.

Ele ressaltou a votação dos atletas dizendo que não houve "corporativismo": "É fundamental (a participação dos atletas). Inclusive quero parabenizar a Comissão de Atletas pelo exemplo que deram hoje, votando nos candidatos que acharam melhores, sem nenhum tipo de corporativismo, pensando no bem do esporte. Provaram que hoje não tem comissão de um lado e confederação de outro, todos estão pensando no bem do esporte."

La Porta disse ter ficado surpreso com a quantidade de votos que recebeu: "Não esperava, fiquei muito satisfeito com a confiança porque com certeza para chegar a 44 votos os atletas votaram em mim. Isso aumenta muito a minha responsabilidade. Vamos trabalhar muito para fazer jus a essa quantidade de votos."

Paulo Wanderley não teve direito a voto na Assembleia Geral. Para o Conselho de Ética, foram escolhidos os três candidatos a membros independentes mais votados e, em seguida, os dois mais votados sem levar em conta a condição de independente ou não. Foram 10 candidatos listados como independentes e outros cinco como não independentes. Foram eleitos ao fim da apuração: Alberto Murray (35 votos), Caputo Bastos (26) e Ney Bello (26) entre os independentes, e Sami Arap (24) e Bernardino Santi (23), entre os não independentes. Foram seis votos nulos e dois em branco.

A eleição para o Conselho de Administração contou com 13 confederações inscritas para a disputa por oito vagas, enquanto sete candidatos se inscreveram para os dois postos de membros independentes. Foram escolhidos os mandatários das seguintes confederações: Judô (Silvio Acácio Borges, com 39 votos); Golfe (Euclides Antonio Gusi, com 33); Gelo (Matheus Figueiredo, com 32); Vela (Marco Aurélio de Sá, com 30); Boxe (Mauro José da Silva, com 29); Canoagem (João Tomasini, com 28); e Esgrima (Ricardo Pacheco Machado, com 24).

Os dirigentes das confederações de karatê e pesos, respectivamente, Luis Carlos Cardoso do Nascimento e Enrique Dias, empataram com 21 votos. Portanto, foi convocada uma nova votação, dessa vez em urna de papel, somente com os nomes dos dois presidentes em questão, para desempatar o pleito. Após essa nova votação, foi escolhido o dirigente Luis Carlos Cardoso do Nascimento, do karatê, com 24 votos. Dois dos 48 votos foram nulos.

Os membros independentes eleitos para o Conselho de Administração são: Sergio Rodrigues (36) e Carlos Osso (23). Tido como um candidato forte, Ricardo Leyser teve apenas 16 votos, ficando em terceiro e, portanto, não foi eleito. Ele foi ministro do Esporte no governo Dilma. Ao todo, foram três votos em branco e um nulo.

A sessão se iniciou com uma explicação sobre o formato da eleição, que usou urnas eletrônicas. A única possibilidade de serem usadas cédulas de papel – além de problemas no sistema – seria o empate nas eleições de membros comissões. Foram 48 eleitores no total e a votação dividida em quatro etapas, primeiro com a escolha do novo vice, depois em duas etapas a escolha do Conselho de Administração e, por último, e votação para o Comitê de Ética.


O ginasta Arthur Zanetti foi o primeiro a votar. A imprensa só teve acesso à sala de votação até o terceiro voto. O processo foi verificado por representante do Tribunal Regional Eleitoral. Entre os atletas, Hugo Hoyama e Marcelinho Machado votaram como suplentes nas vagas de Duda Amorim e Emerson Duarte, que pediram licença em função de competições.


foto: Portal Infonet

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