Ainda que não seja uma região usualmente conectada a neve e gelo, a
América Latina terá dez atletas representando a região nos Jogos
Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, que serão disputados entre 9 e
18 de março na Coreia do Sul.
Do grupo, o Chile é o país com mais história na competição. Tem
representantes desde Salt Lake City, nos Estados Unidos, em 2002, quando
levou dois atletas. O mesmo número de representantes se repetiu em
Torino (na Itália, em 2006), Vancouver (no Canadá, em 2010) e Sochi (na
Rússia, em 2014).
Na Coreia do Sul, o país sul-americano terá pela primeira vez quatro
atletas paralímpicos. São eles Diego Seguel, Julio Soto, Nicolas
Bisquert e Santiago Vega, todos do esqui alpino. "Esta será minha
segunda Paralimpíada de Inverno e adoraria conseguir chegar entre os top
20 no slalom gigante em pé", afirmou Vega, que não conseguiu completar a
prova em Sochi e acabou em 32º.
O México, por sua vez, estreou nos Jogos em Torino, com Armando Ruiz
no esqui alpino. O país também esteve depois em Vancouver e Sochi 2014.
Agora, Arly Velasquez será o esquiador solitário do país. A participação
dele em PyeongChang é o ponto alto de uma volta por cima. Em Sochi, aos
29 anos, ele sofreu um acidente na prova, passou por cirurgia e ficou
um ano fora do esporte. "Toda vez que desço a montanha digo para mim
mesmo: não deixe o medo te atrapalhar", afirma.
A Argentina estará presente em PyeongChang com Carles Codina, no
snowboard, além de Enrique Plantey, no esqui alpino, e Pablo Robledo, no
cross-country. "Diferentemente dos Jogos Passados, em que tudo era
novidade para mim, desta vez me sinto mais preparado. Investi os últimos
quatro anos para chegar à Coreia na melhor forma possível. Meu objetivo
é curtir os Jogos e sair daqui entre os top 10 ou top 15, afirmou
Plantey, que também esteve em Sochi.
O Brasil, que estreou nos Jogos de Inverno na última edição,
disputada em Sochi, na Rússia, terá três representantes na Coreia do
Sul. Aline Rocha e Cristian Ribera disputarão três provas cada um no
esqui cross-country. André Pereira disputará a prova de snowboard.
"É a segunda vez seguida que o Brasil envia uma delegação para os
Jogos de Inverno e, desta vez, com uma mulher no time", ressaltou Mizael
Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro. "Nosso objetivo é
melhorar as marcas que conquistamos há quatro anos", afirmou o
presidente da Confederação Brasileira de Esportes na Neve, Stefano
Arnhold.
Foto: Divulgação
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