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Victor Santos é 110º na prova dos 15km do Cross Country; Cologna conquista o tricampeonato olímpico

Da comunidade São Remo, de São Paulo, para jornais de todo o mundo através dos Jogos Olímpicos. O jovem Victor Santos foi um dos atletas mais procurados pela imprensa internacional após a prova dos 15km estilo livre do esqui cross country disputada nesta sexta-feira, dia 16, em PyeongChang 2018. Todos querendo saber um pouco mais sobre a história do menino que há cinco anos lavava carros na Universidade de São Paulo e, em pouco tempo, virou um atleta olímpico de inverno. 

Com pouco mais de quatro anos em contato com o esporte, Victor superou os 15k em 47m09s9 para alcançar a 110ª colocação, entre 118 atletas participantes. A prova de que a colocação pouco importa diante a história de superação de Victor estava estampada no rosto do menino de 20 anos ao cruzar a linha de chegada. E também no Twitter, rede social das mais utilizadas em todo o mundo, onde Victor chegou a ser um dos tópicos mais comentados durante a prova. Sempre em tom muito respeitoso e admirado.

Victor estava feliz por ter feito o seu melhor e por virar símbolo da transformação que só o esporte possibilita. “Agora eu sou um atleta olímpico! Há dois anos que eu só pensava nisso. Ia dormir pensando nisso, acordava pensando nisso, treinava pensando na Olimpíada. É uma competição diferente, um ambiente muito legal, com os melhores atletas do mundo”, disse o paulista mostrando que aprendeu rapidamente a lição. “Ser atleta olímpico é dedicação, é esforço, é dar cem por cento, é incorporar os valores do Olimpismo”, afirmou com propriedade.

Victor Santos é um dos jovens destaques do Projeto Social Ski na Rua, do atleta olímpico Leandro Ribela.  O projeto dá opção aos jovens carentes da São Remo, favela localizada ao lado da Cidade Universitária da USP, de praticarem o roller ski – esquis com rodinhas. Antes de ingressar no projeto, Victor lavou carros na rua, foi flanelinha e trabalhou como empacotador de supermercado.  

“Eu treino só há quatro anos. Comecei a treinar sério há dois. É muito pouco. Consegui chegar nas Olimpíadas, mas tem muitos objetivos que eu ainda quero alcançar no esporte. Quero me dedicar mais aos treinos. Quero sentir mais essa sensação de estar entre os melhores. Quero melhorar meus resultados”, afirmou o atleta, ainda pensando na prova. “Foi uma prova difícil, uma prova muito dura. Mas eu aproveitei o momento. No final cansei um pouco, mas valeu muito a experiência de estar aqui nos Jogos Olímpicos”, disse Vitor. 

Desde o início no esporte, o jovem mostrou muita aptidão física e técnica para a modalidade. Em 2014 foi pela primeira vez treinar na Europa. Em 2015, o atleta foi campeão pela primeira vez do Circuito Brasileiro de Rollerski, título que repetiu em 2016 e 2017, chegando ao tricampeonato. O jovem também bateu o recorde brasileiro júnior e adulto da modalidade. Victor disputou a classificação olímpica com outros 10 atletas que também alcançaram o índice Olímpico. Mas o jovem da carente São Remo levou a melhor.

Cologna fatura o tricampeonato olímpico
Dario Cologna (SUI) fez história nesta sexta-feira e conquistou o terceiro título olímpico na prova. 

O suíço já havia vencido essa mesma prova em 2010 e 2014. Foi o primeiro atleta a conquistar três títulos seguidos na mesma prova no Esqui Cross Country.

Cologna cruzou a linha final com o tempo de 30m31s7, seguido de Simen Krueger (NOR), que marcoi 30m49s9 e de Denis Spitsov (OAR), que fez o tempo de 31m00s8.

Quem também participou da prova foi Pita Taufatofua (TGA). O tonganes, que ganhou os seus minutos de fama no Rio 2016 e agora em PyeongChang ao aparecer sem camisa e besuntado de óleo de coco nas duas aberturas, terminou na posição de número 114.

Foto: COB


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