Em 2015, foi anunciado que o taekwondo – junto com o badminton –
faria parte do programa paralímpico, com estreia marcada para 2020, nos
Jogos de Tóquio. Desde então, a Confederação Brasileira de Taekwondo
(CBTkd), com o coordenador-técnico do parataekwondo, Rodrigo Ferla, e o
técnico da equipe, Alan Nascimento, estão trabalhando para desenvolver a
modalidade em todo o Brasil e formar ainda mais atletas para integrar a
Seleção Brasileira.
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Nesse contexto, alguns atletas foram
convocados para treinar no CT Paralímpico, em São Paulo. Essa é uma preparação para
que novos lutadores façam parte da Seleção Brasileira de parataekwondo,
que hoje conta com três integrantes (Nathan Torquato, Debóra Menezes e
Cristiana Nascimento).
“Com a Seleção a gente está fazendo da
seguinte forma, no boca a boca mesmo. Falamos ‘gente, estamos precisando
de atletas, se vocês souberem de alguém que está querendo migrar, venha
para cá”, contou Alan.
Porém, essa busca por novos atletas tem
algumas regras. Para competir nos Jogos Paralímpicos é preciso ter
graduação de faixa e ser da classe K44 – atletas com amputação
unilateral do cotovelo até a articulação da mão. Nos demais campeonatos,
as outras classes funcionais também podem participam.
“Hoje
estamos procurando novos talentos, mas também tem a questão da
graduação. Se você é faixa branca, não pode ir. Tem que fazer a
graduação de faixa para então poder competir”, explicou.
Para a
definição das classes funcionais, é preciso que eles sejam
categorizados. Porém, não há esse tipo de categorização no Brasil. Mesmo
depois de selecionar os melhores atletas para a Seleção Brasileira,
ainda é necessário que eles sejam levados para um campeonato
internacional – que tenha classificação funcional – para então estar
apto e competir internacionalmente e fazer parte de fato da Seleção.
“Hoje
não existe uma seletiva, nós vemos quando um atleta tem qualidade
técnica e um nível elevado. Depois nós levamos ele para um campeonato
internacional, onde tem a classificação funcional, porque não são todos
que têm, faz a classificação dele e então começa a integrar a Seleção.”
A
expectativa para esse ano é participar de campeonatos internacionais,
fazer a classificação técnica de novos atletas e manter uma boa posição
no ranking. Em janeiro deste ano, no US Open, a Seleção trouxe para casa
três medalhas: uma prata, de Nathan Torquato, e duas de bronze, da
Debóra Menezes e Cristiana Nascimento. A próxima competição será em
Alair, no Marrocos, onde acontece o Africa Para Taekwondo Championships,
no dia 28 de abril.
A classificação para os Jogos de Tóquio,
porém, acontecerá entre 2019 e 2020, quando a Seleção poderá mandar até
quatro atletas para a disputa.
Foto: Divulgação
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