O comitê organizador de Tóquio 2020 anunciou neste final de
semana que os locais destinados ao ciclismo de estrada e à marcha atlética durante
as Olimpíadas foram aprovados pelo Conselho Executivo do Comitê Olímpico
Internacional (COI).
O Parque Musashinonomori será o ponto de partida dos eventos
de ciclismo de estrada, com instalações temporárias especiais a serem
instaladas. O parque está rodeado de florestas e o percurso convida ao público de
Tóquio 2020 a apreciar o lindo cenário natural. Já o Fuji International
Speedway, um circuito de corrida de motor não muito longe da área metropolitana
de Tóquio e perto do icônico Monte Fuji, servirá como o ponto final da corrida
de ciclismo estrada e, adicionalmente, como o local para o contrarrelógio do ciclismo
de estrada. O circuito, utilizado por várias séries internacionais de esportes
a motor, possui a mais recente tecnologia e instalações necessárias em um
evento esportivo de classe mundial.
O Jardim do Palácio Imperial, no centro de Tóquio, servirá
como local para eventos de marcha atlética. Composto por jardins japoneses
tradicionais paisagísticos e rodeado por edifícios históricos, é um dos pontos
turísticos mais famosos de Tóquio. A intenção de Tóquio 2020 é que, além de
receber os atletas e espectadores durante os jogos, os locais famosos inspirem
o público japonês a participar de atividades esportivas após os Jogos.
"Estou feliz que pudemos confirmar esses locais hoje. Eu
acredito que isso servirá como um excelente estágio para os atletas e
proporcionará uma excelente experiência ao espectador. Continuaremos
trabalhando em colaboração com as Federações Internacionais para ajustar os
detalhes exatos das rotas do percurso. Com apenas dois anos e meio para até a
cerimônia de abertura, continuaremos a fazer progressos constantes para a
entrega de um jogo bem-sucedido", disse o presidente-executivo de Tóquio
2020, Toshirō Mutō.
O anúncio de um local para ciclismo de estrada vem após
longas discussões entre Tóquio 2020 e a União Ciclista Internacional. Os
relatórios surgiram em outubro, e apontava que as corridas poderiam ser
concluídas perto do Monte Fuji sob uma rota revisada, o que poderia evitar
engarrafamentos em Tóquio, mas deveria provar que o local era bom para as
transmissões televisivas.
O arquivo de candidatura de Tóquio 2020 indica que a corrida
de estrada masculina acontecerá no dia 25 de julho, no dia seguinte à cerimônia
de abertura. A corrida feminina será realizada no dia seguinte.
Em abril, uma campanha de alguns dos principais marchadores
do mundo para salvar o evento de 50 km para Tóquio 2020 provou ser bem-sucedida
depois que a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) arquivou
os planos para retirar a prova do cronograma olímpico. Mais de 60 concorrentes,
incluindo o australiano Jared Tallent e o eslovaco Matej Tóth, os respectivos
campeões olímpicos de 50 km em Londres 2012 e Rio 2016, assinaram uma petição e
enviaram ao presidente da IAAF, Sebastian Coe, para expressar sua oposição em relação
aos planos de deixar de fora um evento que esteve presente em todos os
programas olímpicos desde Los Angeles em 1932, com exceção de Montreal 1976.
Os planos para substituir o evento por uma nova distância de
meia maratona foram então abandonados na sequência pelo Conselho da IAAF em Londres.
Eles votaram contra o plano após uma apresentação apaixonada de Maurizio
Damilano, medalhista olímpico de ouro nos 20 km da Itália em Moscou 1980 e agora
chefe do Comitê da Marcha da IAAF, que queria que a distância fosse mantida. Acredita-se
que o COI esteja por trás da proposta de retirar o evento como parte de sua
campanha para melhorar a igualdade de gênero no programa.
Com quase 60% das instalações existentes, Tóquio 2020 diz
que adotou um dos objetivos principais da Agenda 2020 para as Olimpíadas, criando
um legado sustentável para as futuras gerações.
Foto: Tokyo 2020/Shugo Takemi
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