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Coluna Surto Mundo Afora #13

Por Bruno Guedes
 
Com pouco mais de uma semana de competição, as Olimpíadas de Inverno já estabeleceram recordes importantes e criaram diversos novos heróis olímpicos. Curiosamente, essa edição vem sendo marcada por uma emoção coletiva que difere de todas as demais. Isso acontece justamente no momento em que os desportistas e federações repensam sobre os valores do esporte e como os eventos podem ajudar num planeta com tantas diferenças.


A primeira grande história veio justamente da união entre Estados Unidos e Coreia do Sul: um casal coreano que emigra para os EUA em busca de uma vida melhor e vê a filha sagrar-se campeã dentro de seu país, com toda a família nas bancadas, no Snowboard halfpipe. Trata-se de Chloe Kim, uma jovem de apenas 17 anos e que se tornou símbolo da representatividade atual desses Jogos. Chloe havia sido impedida de disputar os Jogos Olímpicos de Sochi 2014, quando já estava qualificada e era uma das favoritas à conquista de medalhas, porque a Federação Mundial de Snowboard fixou os 15 anos como idade mínima. Aos 13 anos, adiou seu sonho e agora consolida seu nome no panteão de PyeongChang 2018. 

Por falar em pouca idade, uma menina de 15 anos vem roubando a cena na Coreia do Sul: Alina Zagitova. Apenas dois meses acima da idade mínima, a russa passou a ser a grande rival da sua compatriota e favorita ao ouro individual, Evgenia Medvedeva, de 18 anos. A mídia da Rússia vem dando um gigante espaço para as duas, já alçando Alina como a sua grande substituta no futuro. Medvedeva, uma das maiores estrelas das Olimpíadas de Inverno, recebeu bem esta repercussão e até aplaudiu a colega num dos programas. Zagitova afirmou que treina até 37 horas por semana e Evgenia é sua parceira de treinos, ambas comandadas pelo técnico Eterie Tutberidze. O público já aguarda ansioso o dia 21 para vê-las rivalizando.

Outra sensação, o americano Shaun White, grande favorito da prova do snowboard halfpipe, precisou mostrar o porquê da diferenciação entre mortais e olímpicos. White precisou da última volta para garantir levou a 100ª medalha de ouro dos EUA na história dos Jogos Olímpicos de Inverno. Doze anos após sua primeira, em Torino 2006, Shaun se tornou uma espécie de exemplo de superação para os compatriotas. Isto porque, em outubro de 2017, quando levou 62 pontos no rosto após uma lesão, viu sua participação seriamente ameaçada.

Tênis
Roger Federer se tornou o número 1 mais velho da História do tênis. Mais um recorde para o maior jogador de todos os tempos. O status de lenda do Federer já existe, porém a força e o simbolismos só vão aparecer daqui a alguns anos, quando ele se aposentar. Roger tem todos os atributos de um atleta perfeito, porque além de títulos consegue emanar um carisma que atrai novos adeptos para o esporte que pratica. 
Ainda há um importantíssimo ponto a ser observado: sua regular forma física. Apesar das inúmeras lesões que sofreu nos últimos anos, sempre retomou a sua regularidade e qualidade de antes. O suíço parece ter "atalhos" quando está em quadra, sempre com uma gama quase infinita de jogadas plasticamente belas e fatais. É um privilégio para nós, que somos contemporâneos a ele, poder vê-lo em um nível tão alto.

Com diversos novos nomes surgindo e outros tantos parando, é o Federer quem continua no topo e conferindo grandeza ao tênis. Vida longa ao Rei.

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