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Coluna Lógos Olympikus de Inverno #1 - Para quebrar o Gelo

Por Juvenal Dias

Tivemos o primeiro dia de competições de PyeongChang (na contagem oficial dia -1), que, se não teve muitas emoções pensando em medalhas, serviu para tirar a tensão inaugural para duas modalidades, Curling e Salto em Esqui.


Pelo nosso fuso-horário, pudemos acompanhar ontem à noite e hoje pela manhã duas rodadas do Curling – duplas mistas. É óbvio que está no começo, mas a Suíça já ganha destaque, não à toa é a favorita, por ser o único time com duas vitórias. O que não significa dizer que o ouro já está garantido. Muito menos que a Finlândia, com duas derrotas, não briga mais pela classificação às finais. Mas dá muito mais confiança largar com triunfos do que com fracassos.

Outro fator interessante deste evento que faz sua estreia em Jogos Olímpicos foi o dinamismo das partidas. Com menos pedras a serem lançadas, menos ends a serem disputados e os atletas fazendo de tudo (lança, mira, varre e grita), os embates se tornam mais interessantes, abertos e prendem mais a atenção do público. Curioso que nas duas partidas transmitidas ocorreu algum erro crasso por parte de arbitragem, o que não deve ser repetido daqui para frente, mas indica (talvez) certa ansiedade por parte dos juízes também.


Já tivemos classificatórias em eventos ao ar livre. Foi o Salto em Esqui – masculino/montanha normal. Agora, cá entre nós, não deve ser fácil encarar um frio de -7°C, com sensação térmica de -11°, vento, uma rampa daquela altura, saltando até 105m de distância e ainda por cima ser um dos sete eliminados da competição, antes inclusive da abertura oficial. Tudo bem que é uma competição e tem seus critérios, mas de 57 atletas, descartar apenas os últimos para restar 50 por saltar na final é muita sacanagem. Os únicos atletas do Cazaquistão e da Turquia na competição, além de dois estonianos, dois tchecos e um “prata-da-casa”, não terão a oportunidade de se exibir no sábado.

Com a velocidade dos saltos, não influenciaria tanto em termos de transmissões, ter esses saltadores atuando. De qualquer forma, tivemos quatro alemães e três poloneses entre os dez primeiros. O que faz crer que as medalhas devem ficar entre esses dois países. O atual campeão olímpico, polonês Kamil Stoch, terminou o dia em segundo, atrás apenas do alemão Andreas Wellinger, que foi 6º em Sochi, há quatro anos. Com menos de dois pontos de diferença hoje – 133.5 a 131.7 – a briga vai ser emocionante pelo lugar mais alto e distante no pódio.

Fotos: Getty Images

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