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Rússia anuncia equipe para Pyeongchang com 169 atletas com ausência de grandes estrelas do país

A Rússia anunciou na quinta-feira, 25 de janeiro, uma equipe composta por 169 atletas que disputará as Olimpíadas de PyeongChang 2018. Como o esperado, vários de suas principais estrelas não puderam ser convocadas e acabaram desfalcando a equipe. A equipe já estava desfalcada devido a proibição de 46 atletas por envolvimento com o esquema de doping nos Jogos de 2014, em Sochi. Com a recusa do Comitê Olímpico Internacional (COI) de emitir convites para dezenas de atletas, citando novas evidências de suposto uso de drogas, o time Rússia que vai a PyeongChang contará com poucos atletas que estiveram nas Olimpíadas quatro anos atrás.

Com a equipe russa tecnicamente proibida pelo COI de disputar os jogos, como punição ao esquema de doping de 2014, os "atletas olímpicos da Rússia" competirão em uniformes sem insígnias nacionais. Se eles conquistarem alguma medalha de ouro, o hino olímpico tocará e a bandeira do COI será hasteada.

"Cada convite será enviado individualmente a cada um dos 169 atletas. Nós não ouvimos falar de nenhum deles que eles se recusarão a participar", disse o vice-presidente do Comitê Olímpico Russo, Stanislav Pozdnyakov, à imprensa russa, abordando rumores de que alguns atletas poderiam boicotar os Jogos.

Embora tenha sido fortemente reduzido, e alguns atletas que anteriormente eram reservas pouco conhecidas para competir em uma Olimpíadas, a equipe ainda seria uma das maiores em Pyeongchang. Em Sochi, 214 russos competiram, e 175 participaram em Vancouver em 2010, de acordo com o historiador olímpico Bill Mallon.

A equipe de PyengChang ainda conta com alguns nomes fortes e estrelas do esporte russo entre os 169 convidados. Entre eles estão os jogadores de hóquei Ilya Kovalchuk e Pavel Datsyuk, juntamente com a campeã mundial de patinação artística Evgenia Medvedeva. Já entre as ausências mais sentidas estão Viktor Ahn, seis vezes medalhista de ouro em Olimpíadas na patinação de velocidade em pista curta, e o campeão mundial de esqui cross-country, Sergei Ustyugov.

A lista divulgada pelo Comitê Olímpico Russo não foi confirmada pelo COI e ainda pode ser utilizada nos últimos dias do processo de pesquisa do COI destinado a examinar documentos, usando dados recém-recuperados do laboratório de Moscou, centro do escândalo de doping.

Em alguns esportes o COI impediu tantos atletas russos de participarem que o país não conseguirá montar equipes de revezamento. A Rússia terá apenas uma vaga na patinação de velocidade masculina, assim como uma atleta no luge feminino. No biatlo, esporte de inverno mais visto da Rússia, apenas dois homens e duas mulheres fazem parte do time. Sem as sanções do COI, a Rússia poderia enviar para a Coreia do Sul seis homens e cinco mulheres no biatllo.

Anteriormente o COI já havia dito que o banco de dados de laboratório de Moscou está sendo utilizado para revelar atletas com evidências de tentativas de "esconder e modificar" amostras e dados biológicos que apontariam para o uso de esteroides. O órgão olímpico disse que transmitirá os dados às federações esportivas internacionais, que poderão adotar novas ações.

Um painel do COI liderado pela ex-ministra francesa dos esportes, Valerie Fourneyron, examinou os atletas russos antes de enviar os convites para competirem. "O (banco de dados) foi reconstruído por um especialista forense da WADA e depois submetido a um rigoroso processo de autenticação para confirmar sua precisão. Esta informação adicional foi fornecida às respectivas Federações Internacionais", disse o COI em um comunicado.

O painel do COI enfrentou críticas na Rússia por falta de explicações sobre o porquê de alguns atletas, como o campeão Ahn, não terem sido convidados para Pyeongchang, apesar de não terem casos de doping anteriormente. A declaração divulgada na quinta-feira revela a evidência da utilização do painel, mas ainda não confirmou quem está dentro e quem está fora, ou qualquer decisão individual.

Foto: AP


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