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Biatlo quer utilizar as Olimpíadas de PyeongChang 2018 para impulsionar o esporte ao redor do mundo

Aumentar ainda mais a sua popularidade durante os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang 2018. Este é o objetivo do biatlo após atingir números recordes de telespectadores durante a transmissão do Campeonato Mundial do esporte em 2017. As Olimpíadas são encaradas como uma boa oportunidade para o crescimento da modalidade.  

As estatísticas divulgadas pela União Europeia de Radiodifusão após o mundial de 2017 em Hochfilzen, na Áustria, mostraram um aumento de 50% no número de telespectadores em relação ao evento de 2013. No total, 140 mil espectadores assistiram 315 atletas de 37 países diferentes competirem, alguns escrevendo histórias emocionantes, o que contribuiu para alavancar ainda mais a audiência, como a vitória impressionante do americano Lowell Bailey na corrida individual masculina de 20 km. O excelente desempenho de Laura Dahlmeier, da Alemanha, que conquistou cinco medalhas de ouro também levantou o interesse do esporte por lá, e muitos desses novos fãs levantarão um olho para ela e seus companheiros de equipe na Coréia do Sul.

O esporte tem suas origens nas forças militares da região nórdica, onde foi desenvolvido como um método de treinamento de inverno para as tropas. Os registros históricos na Noruega indicam que soldados participaram de competições combinadas de esqui e tiro até o final do século XVII. Mas muita coisa mudou no esporte desde que os soldados escandinavos foram pioneiros na modalidade.

Um exemplo dessas mudanças está no rifle. O rifle moderno de biatlo tem pouca semelhança com os seus homólogos militares, tendo sido desenvolvido especificamente para o esporte. As armas atuais geralmente têm quatro pentes contendo cinco disparos cada um deles, com os atletas inserindo um novo a cada vez que param para atirar. Adotados como padrão para rifles de biatlo em 1978, as armas de calibre 22 têm um baixo movimento de recuo ao ser utilizada, tornando mais fácil para os atiradores controlar os rifles.

Mas talvez o maior desenvolvimento nos rifles tenha sido a adição do repetidor, um mecanismo de fuzil que torna mais fácil e rápido recarregar o rifle após cada tiro. Anteriormente um atirador tinha que remover a mão do punho do rifle para operar manualmente a ação de recarregar o rifle antes de cada tiro, uma ação que custava segundos valiosos. Inventado na década de 1980 pelo armeiro alemão Peter Fortner, o repetidor permite que a mão do atirador fique presa e recarregue com o dedo polegar e indicador, dando aos atletas maior velocidade e maior estabilidade ao disparar.

Mas se grandes alterações nas armas foram feitas para trazerem melhorias para o esporte, os princípios básicos do biatlo continuam os mesmos. Os atletas precisam o mais rápido possível no circuito de esqui antes de parar para atirar. É essencial para eles controlarem o pulso e as emoções se quiserem atingir o alvo de forma consistente.

Quatro vezes biatleta olímpico, Jean-Marc Chabloz disse em entrevista à Reuters que, idealmente, o corpo deve estar sempre na mesma posição em todos os tiros, e permanecer completamente imóvel durante toda a sessão. "É um monte de trabalho. Eles precisam estar em forma e ter uma boa resistência e, ao mesmo tempo, precisam se concentrar, passar do esqui energético para ser um tiro calmo", explicou Chabloz, que agora treina jovens biatletas na Suécia.

Cada falta é penalizada em tempo direto ou o atleta sendo forçado a esquiar em um "loop de penalidade" que geralmente é de 150 metros de comprimento. Isso significa que uma liderança considerável conseguida durante o esqui pode ser rapidamente perdida se o atirador não atingir o alvo. Para Chabloz, é a simplicidade do esporte que o torna tão atraente tanto para os atletas quanto para o público. "É sobre esquiar rápido e atirar em linha reta", disse.

Foto: IBU


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