Últimas Notícias

Mundial de Levantamento de Peso 2017 - Dia 6

O sexto e penúltimo dia de disputas do mundial de levantamento de peso foi marcado por uma inédita medalha de ouro para o Irã e pela estréia de uma categoria inédita na modalidade. Foram disputadas a -105 masculina e a -90 feminina

De todas as categorias mais pesadas do masculino, a -105 kg era a única que o Irã nunca havia conquistado um ouro nas grandes competições (mundiais ou olimpíadas). O iraniano Ali Hashemi não era o favorito, aliás, não havia algum atleta que era apontado como o grande nome neste peso na disputa de ontem. Hashemi teve um dia inspirado, errando duas tentativas das seis que teve, sendo o atleta que menos errou em uma disputa marcada por muitas falhas. O iraniano foi ouro no arranque (183 kg) e no total (404 kg) e bronze no arremesso (221 kg). Para ver como a regularidade é importante nesse esporte, é só pegar o caso do coreano Seo Hui-yeop, que mesmo com ouro, marcando 222 kg no arremesso, não subiu ao pódio total depois de ficar apenas em décimo quarto no arranque. O letão Artūrs Plēsnieks, ao contrário, mostrou regularidade com o quarto lugar no arranque e a prata no arremesso, que culminou com o vice campeonato também no total.

Quem completou o pódio total da categoria foi o uzbeque Ivan Efremov, compatriota do atual campeão olímpico Ruslam Nurudinov, que não foi ao mundial. Além do bronze no total, Efremov ainda foi prata no arranque, seu ponto forte. O equatoriano Jorge Arroyo completou o pódio do arranque.

Pela primeira vez na história foi disputada nos mundiais a categoria -90 kg no feminino. Peso que estará em Tóquio 2020, a criação desta disputa visava corrigir uma injustiça com as atletas mais leves e igualar o número de categorias masculinas e femininas. Antes, havia apenas a categoria +75. Com isso, mulheres que pesavam 80/90 quilos, tinham que competir com atletas de 110/120 kg, naturalmente mais fortes. A IWF então desmembrou a categoria em duas, criando a -90 e a +90 kg.

Pela lista de partida já havia uma noção de quem seria a primeira campeã na história do peso. A georgiana Anastasiia Hotfrid era a favorita e não decepcionou. Com muita facilidade e margem para as adversárias, venceu o arranque com 120 kg e o total com 265 kg, sendo que na soma, fez quilos acima da segunda colocada. Hotfrid só não venceu o arremesso, onde foi prata com 145 kg, pois esse era o ponto forte da chilena Maria Valdes Paris, campeã pan americana em 2017. Com um ótimo arremesso de 146 kg, a chilena conquistou o ouro na prova, além da prata na soma total com 255 kg. O Chile até o início desta edição nunca havia conquistado uma medalha sequer. Sai de Anaheim com o ouro de Alexey Mendez  (-85 kg) e a prata de Maria Valdes Paris, se contarmos apenas as medalhas do total, que é o que vale em Jogos Olímpicos.

Quem também fez história foi outro país latino americano. Crismery Santana foi prata no arranque, bronze no arremesso e bronze no total, o que deu tanto a ela quanto a República Dominicana as primeiras medalhas da história do país em mundiais de Levantamento de Peso. Para completar o pódio  latino americano com a "intrusa" georgiana, a equatoriana Oliva Niebe conquistou o bronze no arranque com 112 kg e os bons quarto lugares no arremesso e no total, isso tudo aos 40 anos, a mais velha atleta da competição.

Confira os pódios do total do penúltimo dia de competições

- 105 kg Masculino

1 Ali Hashemi 🇮🇷 | 404 kg
2 Arturs Plesnieks 🇱🇻 | 402 kg
3 Ivan Efremov 🇺🇿 | 399 kg

- 90 kg Feminino

1 Anastasiia Hotfrid 🇬🇪 | 265 kg
2 Maria Valdes Paris 🇨🇱 | 255 kg
3 Crismery Santana Peguero 🇩🇴 | 254 kg


Foto: IWF



0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar