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Iniciadas investigações antidoping contra o treinador de Justin Gatlin e um agente


As autoridades antidoping do atletismo iniciaram uma investigação sobre o que o presidente da IAAF chamou de "acusações graves" sobre o treinador do campeão mundial Justin Gatlin e um agente.

O jornal Daily Telegraph disse que um agente vinculado a Gatlin, Robert Wagner, ofereceu substâncias ilícitas a repórteres infiltrados. E disse que o treinador de Gatlin, o ex-medalhista de ouro olímpico Dennis Mitchell, disse aos jornalistas que os atletas podem fugir do doping porque as substâncias que eles usam não podem ser detectadas por testes. Ambos negam as alegações.

O jornal disse que os jornalistas se haviam representado como representantes de uma empresa de cinema que queria fazer um filme esportivo que procurava um treinador para treinar sua estrela para se parecer com um atleta.

A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) - criada pela IAAF - e a Agência Antidopagem dos EUA (Usada), disseram ter aberto uma investigação sobre os pedidos.

"As investigações decorrentes de dicas e denunciantes desempenham um papel crítico nos esforços antidoping", disse a Usada em comunicado. "Atualmente estamos coordenando a Unidade de Integridade do Atletismo para investigar essas reivindicações completamente.

"Tal como acontece com todas as investigações, incentivamos os indivíduos com informações a se apresentar como uma ferramenta importante para ajudar a proteger os atletas limpos. Importante, os indivíduos são inocentes a menos que e até que o processo estabelecido determine o contrário. É justo deixar o devido processo antes de saltar para qualquer conclusões", completou a Usada.

O presidente da IAAF, Lord Coe, disse: "Essas acusações são extremamente graves e sei que a Unidade Independente de Integridade do Atletismo investiga de acordo com seu mandato".

O americano Gatlin, de 35 anos, que sofreu duas suspensões por doping, ganhou a prova dos 100 metros no Campeonatos Mundial em agosto na capital inglesa, batendo Usain Bolt antes do jamaicano se aposentar.

Os representantes legais de Gatlin disseram que o velocista havia demitido Mitchell e disse que tinha mais de cinco anos de testes oficiais antidoping para mostrar que "ele nunca testou positivo para qualquer substância proibida", informou o jornal.

Em uma declaração ao Daily Telegraph, Mitchell disse: "Nunca sugeri de forma alguma que nenhum dos meus atletas atuais usasse substâncias proibidas ou que eu conhecesse a formação de qualquer dos meus atletas atuais com essas substâncias".

Wagner disse ao jornal: "Eu não estava envolvido no doping. Obviamente, eu joguei porque sabia o que estava acontecendo."

Gatlin, de 35 anos, emitiu uma declaração via Instagram, onde ele disse: "Eu não estou usando e não usei substâncias que melhoram o desempenho. Fiquei chocado e surpreso ao saber que meu treinador teria qualquer coisa a ver com a aparência dessas acusações atuais. Despedí-lo assim que descobri sobre isso. Todas as opções legais estão na mesa, pois não permitirei que outros mentem sobre mim assim".

O Comitê Olímpico Internacional disse nesta terça-feira (19): "O COI tem plena confiança de que a WADA examinará com atenção essa questão".

Foto: Getty Images


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