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Edenia Costa fatura medalha pela 15ª vez seguida no Mundial de Natação Paralímpica

A cearense radicada no Rio Grande do Norte Edênia Garcia, 30 anos, conquistou, na noite do domingo, 3, a medalha de prata nos 50m nado costas da classe S3, no segundo dia de competições do Mundial de Natação Paralímpica, na Cidade do México. O evento teve início no sábado, 2, e vai até a quinta-feira, 7, na Piscina Olímpica Francisco Márquez, sede dos Jogos Olímpicos de 1968.

O Brasil ganhou outras cinco medalhas nesta noite de domingo na capital azteca. Na classe S10, André Brasil foi ouro e Phelipe Rodrigues prata nos 100m livre. A equipe verde e amarela já soma 13 medalhas (cinco ouros, cinco pratas e três bronzes) e ocupa o quarto lugar no quadro geral.

A prata de Edênia foi especial por diversos motivos. Primeiramente, porque ela é a mais longeva das medalhistas do país em Mundiais paralímpicos. Há 15 anos ela é habitué de pódios neste tipo de competição. Foi tricampeã desta prova em Mar Del Plata 2002, Durban 2006, Eindhoven 2010 e prata em Glasgow 2015. Todas as conquistas na classe S4. Na temporada atual, foi reclassificada para a classe S3, para atletas com menor mobilidade, e chegou à prata desta noite na história piscina da capital mexicana.

“Se eu ainda estivesse na classe S4, certamente não estaria neste Mundial. Mas a maturidade foi um ponto positivo, que me fez chegar aqui alegre, feliz, me divertindo, mas sempre com muita responsabilidade”, explicou Edênia.

A medalha veio de forma dramática. A chinesa Qiuping Peng, atual campeã paralímpica da prova, largou na frente e abriu vantagem. A grega Alexandra Stamatopoulou ocupou o segundo posto por, pelo menos, 40 metros, quando Edênia aumentou o ritmo e a superou na batida de mão. A brasileira completou a distância em 56s17, apenas nove centésimos adiante da grega. Peng foi campeã com sobras (52s51).

“Eu saí do Brasil acreditando que lutaria pela medalha de prata. Geralmente, após a chegada, eu olho para o meu tempo no telão, mas desta vez eu vi logo que tinha chegado em segundo e quase não acreditei. A estratégia de prova deu certo”, vibrou a cearense, que soltou um grito de emoção ao confirmar a segunda colocação.

A disputa dos 100m livre da classe S10 marcou mais um capítulo da hegemonia da dupla Andre Brasil e Phelipe Rodrigues. Na noite de sábado, na abertura de Mundial, o pernambucano Phelipe conquistou seu primeiro ouro em mundiais nos 50m e o carioca Andre foi prata. Vinte e quatro horas mais tarde, nos 100m livre, o representante de Recife largou na frente, mas o atleta do Rio o superou na segunda metade da prova, e o resultado se inverteu.

“Cada braçada, cada prova tem sido um momento singular. Eu sempre acreditei que este seria o Mundial para fazer algo diferente. Faça feio ou faça bonito, hoje eu toquei na frente, assim como ocorreu ontem, com o Phelipe batendo em primeiro, mas o importante é que a dobradinha brasileira continua”, comentou Andre.

Andre faturou o ouro com 52s60, Phelipe, prata, com 53s24. David Levecq, da Espanha, completou o pódio (56s19).

A noite de domingo (início de madrugada no Brasil do dia 4) ainda reservou uma medalha de prata da potiguar Cecília Araújo. Ela disputou os 100m da classe S8 em pé de igualdade com a americana Jessica Long, uma das grandes estrelas do movimento paralímpico mundial, até os 75 metros de prova. No fim, contou a experiência de Jessica, dona de 13 ouros em Jogos Paralímpicos, que sagrou-se campeã com 1min06s83. Cecília, 19, chegou com 1min08s96, seguida por Julia Gaffney, dos EUA (1min13s90).

Na última participação brasileira neste segundo dia, o carioca Thomaz Matera foi bronze nos 400m da classe S13 (baixa visão), ao completar a distância em 4min43s66, em prova vencida pelo supercampeão bielorrusso Ihar Boki, por nada menos que 39 segundos de diferença. A prata foi do espanhol Ivan Salguero.

Foto: CPB/MPIX


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