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Daniel Dias é tetracampeão nos 50m costas S5 do Mundial de Natação Paralímpica

Daniel Dias, 29, nadou sua segunda prova individual na noite desta segunda-feira, 3, no Campeonato Mundial de Natação Paralímpica, disputado na Cidade do México, e conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil. O triunfo veio na prova dos 50m nado costas da classe S5. Esta foi a terceira vez que ele foi ao pódio na competição, iniciada no sábado, 2.

Após três dias de competição, a equipe nacional, representada por 17 nadadores, acumula 19 medalhas, sendo oito de ouro, sete de prata e quatro de bronze. Só nesta segunda-feira, o Brasil viu seis nadadores serem premiados no pódio mexicano.

Na sessão da noite, o carioca André Brasil foi ouro nos 200m medley (S10), o goiano radicado em Uberlãndia Ruiter Silva conquistou de forma dramática uma prata nesta mesma prova na S9. O paulista Felipe Caltran foi bronze nos 200m medley (S14). Na sessão da manhã, o carioca Thomaz Matera fora ouro nos 100m borboleta, e a mineira radicada no Espírito Santo Patrícia Santos recebera a prata nos 100m livre (S4).

Em seu quinto campeonato mundial, Daniel Dias mantém nos 50m nado costas uma de suas diversas hegemonias. Desde a edição de 2010, em Eindhoven, na Holanda, ele não pisa em outro local do pódio que não o do campeão. Foi assim em Montreal 2013, Glasgow 2015. Em Jogos Paralímpicos o roteiro é o mesmo: ouro em Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016.

O tempo da vitória desta segunda-feira foi 35s70, seguido de Thanh Tung Vo (40s36), do Vietnã, e Beytullah Eroglu (42s05), da Turquia.

“Sei o quanto o esporte paralímpico se renova e novos atletas surgem a cada ciclo paralímpico. Eu sei que tem gente que pensa: ‘Puxa, já são sete anos de conquistas e ainda continua com excelente conquistas’. Mas é isso que me motiva, querer ser um atleta melhor a cada dia”, comentou Daniel Dias.

Na Cidade do México, Daniel já acumulou ouros nos 100m livre e no revezamento 4x100m livre, ambos no sábado, 2. Nesta terça-feira, 5, às 13h50 (de Brasília), ele disputa a eliminatória dos 100m livre. E a final será às 22h51.

A prata de Ruiter nos 200m medley (S9) foi uma das mais celebradas pelos brasileiros na noite da segunda-feira. Ele conseguiu superar o espanhol Oscar Galisteo na última braçada. Levou sua primeira medalha individual em campeonatos mundiais com o tempo de 2min27s08, apenas 16 décimos à frente de Galisteo. O ouro foi para o italiano Federico Morlacchi (2min27s08).

“A alegria é muito grande de conquistar uma medalha de prata em uma prova que não é minha especialidade, com este tempo, na Cidade do México, que tem altitude [2.250m acima do nível do mar]”, celebrou o nadador, que tem má formação congênita no braço esquerdo.


Curiosamente, 16 décimos foi o que tirou Ruiter de um segundo pódio na noite, desta feita nos 100m livre. Ele terminou em quarto, novamente superado por Federico Morlacchi, que ficou com o bronze em 57s71. O ouro foi para o também italiano Simone Barlaam (56s09).

Thomas Matera fatura o ouro nos 100m borboleta S12
Na tarde da segunda-feira, Thomaz Matera, 28, sagrou-se campeão mundial dos 100m nado borboleta da classe S12 (baixa visão). Foi a terceira vez em três dias que o atleta do Rio de Janeiro foi ao pódio nesta competição.

A mineira radicada no Espírito Santo Patrícia Santos também foi ao pódio nesta segunda-feira, com a prata nos 100m livre (S4).

Thomaz entrou nos 100m borboleta com a condição de sexto melhor do mundo, alcançada na final dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Na Piscina Francisco Márquez, no México, travou uma disputa acirrada com o grego Charalampos Taiganidis na primeira metade da prova. A partir dos 25 metros finais, Matera desgarrou do rival e chegou com sobras para o ouro com o tempo de 59s42, o melhor do mundo neste ano para esta classe.

“Eu não imaginava que seria campeão mundial. A ficha ainda não caiu, só quando retomar minha rotina, contar para os amigos, acho que vou entender melhor. Mas o que me deixa muito feliz é o fato de contribuir para o Brasil com este ouro”, disse, timidamente, Matera, após sair da piscina.

Ele agora ostenta a incrível marca de três medalhas em três dias de Mundiall. No primeiro dia, sábado, 2, fisgou o bronze nos 100m da classe S12, e no dia seguinte, outro bronze nos 400m S13, classe de nível técnico acima da qual Matera atua.

Ele tem retinose pigmentar, que o faz ter pouco menos de 15% da visão. Sua trajetória no movimento paralímpico é surpreendente. Matera sempre fora adepto da natação até descobrir as competições paralímpicas no primeiro semestre de 2016. Foi nesta época que disputou pela primeira vez uma etapa regional do Circuito Loterias Caixa de natação, promovido pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), e já garantiu vaga nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.


Nos Jogos, alcançou quatro finais e a prova em que saiu-se melhor foi exatamente os 100m borboleta, com o sexto posto.

Foto: CPB/MPIX


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