Últimas Notícias

Com quatro ouros, Brasil lidera primeiro dia do Mundial de Natação Paralímpica

O Brasil teve um início arrasador no Mundial de Natação Paralímpica, que começou na tarde de sábado, 2, na Cidade do México. A Piscina Olímpica Francisco Márquez, que recebeu os Jogos Olímpicos da 1968, serviu de palco para a conquista de oito medalhas brasileiras.

Comandados por Daniel Dias e André Brasil, dois dos maiores nomes da natação paralímpica mundial, a seleção nacional subiu ao pódio oito vezes, sendo em quatro delas com a presença da dupla. O Brasil ocupa a primeira posição no quadro de medalhas, com quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Seguido dos Estados Unidos, com três ouros, quatro pratas e dois bronzes.

O primeiro ouro brasileiro do dia veio na sessão da manhã no México (tarde no Brasil), com André Brasil nos 100m nado costas da classe S10. Com o tempo de 1min01s57, ele superou o estoniano Kardo Ploomipuu (1min03s55). O bronze foi para o norte-americano Tye Dutcher (1min3s81).

À noite, foi a vez de Daniel Dias fazer sua estreia na Pisicna Olímpica Francisco Márquez. Ele conquistou seu tetracampeonato mundial nos 100m nado livre (S5), com 1min10s58, à frente do francês Theo Curin (1min18s28) e do vietnamita Thanh Thung Vo (1min19s56). A prova foi marcada pelas ausências de dois grandes rivais de Daniel: o americano Roy Perkins e o espanhol Sebastian Rodriguez, que rivalizam com o brasileiro desde os Jogos Paralímpicos Pequim 2008 - eles não vieram ao Mundial do México.

O pernambucano Phelipe Rodrigues brilhou nos 50m livre (S10), numa das provas mais rápidas e acirradas deste Mundial. Ele e André Brasil travaram um duelo incrível, mas Phelipe foi o melhor. Com 23s96 garantiu seu primeiro ouro em Mundiais. André mordeu a prata, apenas 18 centésimos atrás (24s14). David Levecq, da Espanha, completou o pódio (25s65).

"Sempre almegei um ouro no Mundial. Quando eu vi que ganhei a prova, eu fiquei meio que sem reação, mas a sensação é incrível, saber de tudo que eu abdiquei pra chegar aqui valeu a pena, e com certeza dá pra render muito mais", disse Phelipe, 27.

Mal deu tempo de descansar porque vinte minutos depois veio o revezamento 4 x 100m livre 34 pontos (a soma da classe funcional dos membros do time). Foi quando André Brasil, Daniel Dias e Phelipe Rodrigues uniram forças, juntamente com o goiano Ruiter Silva, e formaram a equipe nacional que abocanhou a medalha de ouro com o tempo de 4min10s30.

Segunda colocação ficou com a Itália (4min15s27). E o terceiro, com a Argentina (4min19s46).

"Entramos sabendo quais seriam nossos adversários, eu, Daniel, Phelipe entramos já desgastados pelas provas que nadamos hoje, e foi a primeira que nós conquistamos. Nós viemos fazer nosso trabalho, e estamos fazendo, vale quem toca na placa primeiro, como costuma dizer meu grande amigo Thiago Pereira", disse André Brasil, citando o medalhista olímpico nos 400m medley nos Jogos de Londres 2012.

"Eu brinco que comecei com pé direito, apesar de não tê-lo. Mas estou muito feliz com nossos resultados, começar assim é bom para dar andamento à competição", comemorou Daniel Dias.

No feminino, brilhou a jovem Beatriz Carneiro, 19. A paranaense de Maringá é da classe S14 (deficientes intelectuais), estreou em Mundiais nos 100m nado peito agora no México e faturou a medalha de prata. Com 1min21s99, superada apenas pela espanhola Michelle Morales (1min15s05), medalhista de bronze nesta prova no Mundial de Glasgow 2015, nova recordista mundial. O bronze foi para Pernilla Lindberg (1min24s71), da Suécia.

A noite ainda reservou os bronzes nos 100m costas da classe S12 (baixa visão) tanto no masculino, com o carioca Thomaz Matera, como no feminino, com a paulista Raquel Viel.


Os atletas nacionais voltam à Piscina Olímpica Francisco Márquez, na Cidade do México, a partir das 22h49 (de Brasília),

Foto: MPIX/CPB




0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar