O atual presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, atuou nos bastidores e alterou o estatuto da entidade para evitar assumir a direção do Comitê Organizador da Rio 2016. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, Wanderley e sua diretoria conseguiram retirar a proposta do estatuto que deve ser aprovado em assembléia no próximo dia 22 de novembro.
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos acumula dívidas com ex-funcionários, fornecedores e tem que encerrar suas atividades até 2023. Sem presidente desde que Carlos Arhur Nuzman foi preso e entregou sua carta de demissão, o Rio 2016 trabalha sob o comando interino de Edson Menezes e de um conselho administrativo formado por empresários e ex-atletas. Mesmo com a manobra, segue a cargo de Wanderley definir o futuro do estatuto do comitê organizador.
O COB apresentou na última semana, em sua sede, no Rio de Janeiro, a proposta do novo estatuto. Para ser aprovado ele precisa passar por votação em assembleia marcada para a próxima quarta. Pelas novas propostas, o poder do presidente diminui e o da assembleia aumenta. Será dela a função de votar os rumos da entidade e eleger os membros dos conselhos fiscal, de administração e de ética.
Os atletas ganham mais espaço e a participação deles na assembleia foi um dos principais pontos debatidos. Atualmente são 30 presidentes das confederações, um brasileiro do COI e apenas um representante dos atletas. Com o novo estatuto o número de atletas será obrigatoriamente 1/3 dos representantes das confederações. Com a entrada de novos esportes nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o número de dirigentes vai subir para 35, e o de atletas saltará para 12.
foto: Agência estadão
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