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Lutador do Irã entrega combate para evitar luta contra israelense em mundial sub23 de Wrestling

Mais uma vez política e religião interferem no esporte. O iraniano Alireza Karimi-Machiani vencia o russo Alikhan Zhabrailov pelo Mundial de Wrestling sub-23, na Polônia. Subitamente, porém, o iraniano parece perder as forças e perde o combate. A explicação para o revés inesperado veio nesta terça-feira. Alireza foi obrigado a perder. Seu técnico, ao saber que ele enfrentaria um oponente de Israel na luta seguinte, enviou uma simples mensagem: "Alireza, perca".

O Irã não reconhece Israel como um país e ambos não tem qualquer relação política. Ali Khamenei, o Aiatolá e líder supremo do Irã, por vezes se refere a Israel como um câncer. Assim, os atletas iranianos são proibidos de enfrentar israelenses e para isso simulam lesões ou entregam, como foi na luta de Karimi-Machiani.

"Foi dito que o israelense venceu o americano e que me enfrentaria na próxima luta. Eu deveria perder para evitar enfrentá-lo. Treinei duro por meses para ganhar uma medalha de ouro, e a luta estava fácil para mim. Eu aceito que Israel é um opressor e comete crimes, mas não é opressão nossas autoridades minarem o meu trabalho?" disse Alireza após a derrota.

Na internet, a Federação de Wrestling do Irã tratou a decisão de Alireza como correta e o chamou de "herói" pelo ato, dizendo que ele havia sacrificado seus direitos para apoiar o povo reprimido da Palestina pela segunda vez na carreira. A verdade, porém, é que atletas que não cumprem a determinação criam problemas. Recentemente, jogadores de futebol da seleção do país e que atuam pelo time grego Panionios, foram suspensos da seleção do Irã por terem jogado contra o Maccabi Tel Aviv, de Israel. Um dos atletas, Masoud Shojaei, só foi aceito novamente após publicar um pedido de desculpas nas redes sociais.


foto: reprodução/instagram

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