O canoísta Isaquias Queiroz, que conquistou três medalhas nos Jogos
Olímpicos Rio 2016, iniciou a preparação para a nova temporada com uma
bateria de avaliações científicas no Laboratório Olímpico do Comitê
Olímpico do Brasil (COB), na semana passada, no Rio de
Janeiro. Ao lado de outros três companheiros de seleção, Isaquias passou
por avaliações fisiológicas, bioquímicas e médicas. O objetivo é
fornecer dados para que o treinador espanhol Jesús Morlán possa planejar
os treinamentos de Isaquias da melhor forma possível.
A última grande competição de Isaquias em 2017 foi o Campeonato
Mundial, em agosto, quando conquistou a medalha de bronze no C1 1000m.
Após um período de férias, o baiano de Ubaitaba passou por um dia
intenso de avaliações no Laboratório Olímpico visando o início dos
treinamentos para o próximo ano.
"Essa tecnologia influencia bastante o meu treinamento. O meu
treinador vai pegar o resultado das avaliações do meu corpo e melhorar
um pouco mais a minha preparação. Os resultados ajudarão bastante na
formação do treinamento com base em como estamos. Essa análise ajudará
bastante", analisa o medalhista olímpico.
O canoísta ficou satisfeito com seu desempenho em 2017, mas espera
muito mais para o novo ano. "É normal dar uma caída no primeiro ano
pós-olímpico e não foram muitos os medalhistas do Rio 2016 que também
subiram ao pódio no Mundial. Eu consegui e isso me deixou feliz. Agora,
vou com muito mais determinação para 2018, por isso já começamos a nova
temporada fazendo esses testes, exatamente para ver onde podemos
melhorar um pouco mais o desempenho", comenta Isaquias.
Parte integrante do Centro de Treinamento Time Brasil, o Laboratório
Olímpico está instalado no Parque Aquático Maria Lenk, no Parque
Olímpico da Barra. Em funcionamento pleno desde fevereiro de 2017, o
Laboratório Olímpico já atendeu, até o momento, mais de 250 atletas de
14 diferentes modalidades, totalizando em torno de 2.060 avaliações.
"O foco de trabalho é fornecer dados científicos para que o treinador
tome melhores decisões na elaboração do programa de treinamento dos
atletas, diminuindo o risco de lesões, aumentando a qualidade efetiva
desse treinamento e possibilitando a melhora dos resultados nas
competições do próximo ano", explicou Jacqueline Godoy, supervisora de
Alto Rendimento do COB e responsável pelo gerenciamento do Laboratório
Olímpico.
O Laboratório Olímpico apresenta um conceito inovador, viabilizando a
avaliação, a orientação e o controle do treinamento dos atletas
olímpicos. Procura, além disso, fornecer uma estrutura de informação
baseada no conhecimento científico, capaz de facilitar a tomada de
decisão na montagem e orientação dos planos de treinamento, com base na
análise do desempenho.
Foto: COB
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