Os velejadores Marit Bouwmeester, entre as mulheres, e Peter
Burling, entre os homens, foram escolhidos os melhores do ano o esporte no
Prêmio Rolex Velejadores do Ano 2017, a primeira edição do evento, que foi
realizado no Méxio. A dupla, vinda da Nova Zelândia e Holanda, recebeu seus
prêmios em um evento que contou com a participação de estrelas do esporte no
Patio Los Arcos, em Puerto Vallarta.
Depois de conquistar o ouro nas Olímpiadas do Rio 2016 na
laser radial, seguido de uma vitória bem merecida na final da Copa do Mundo de
2016 em Melbourne, na Austrália, a holandesa Bouwmeester enfrentou um período
de dificuldades com algumas lesões. Bouwmeester recebeu o troféu de mármore e
prata, representando o globo, e falou de seus sonhos serem realizados. "Eu
sou apenas uma garota da Frísia, no norte da Holanda. Sempre tive grandes
sonhos e não queria apenas ir às Olimpíadas, mas queria ganhar uma medalha de
ouro e dominar o esporte da vela, sendo a melhor velejadora que existe. As
pessoas riam de mim porque naquela época, eu não estava nem classificada no top
20. Eu acho que se você gosta do que faz e se você trabalha duro e permanece
dedicado, os sonhos se tornam realidade. Eu quero divulgar a mensagem aos
jovens e aos velhos, para seguir seus sonhos", afirmou a holandesa.
Ela não conseguiu competir em regatas importantes durante o
início de 2017, mas voltou ao esporte no Campeonato Mundial de Laser Radial em
Medemblik, conquistando com autoridade o seu terceiro título mundial. Dois meses
depois ela conquistou o título do Campeonato Europeu, mantendo com ela os
títulos mais importantes da categoria.
Já o neozelandês Peter Burling, com apenas 26 anos de idade
já conseguiu muito sucesso. Burling brilhou ao longo de todo o Challenger
Series e o America's Cup e nem mesmo um capitão dramático poderia detê-lo. Disputando
contra a equipe de Oracle dos Estados Unidos e o iatista australiano Jimmy
Spithill, Burling liderou uma vitória por 7 a 1. Ele está atualmente competindo
no Volvo Ocean Race a bordo do time Brunel.
Outras premiações também foram entregues ao longo da noite. O
troféu Beppe Croce foi concedido a Carlo Croce, presidente da World Sailing de
2012 até 2016. O troféu é entregue a pessoas que fizeram uma contribuição
voluntária excepcional para a vela. Olímpico em 1972 e 1976, Croce participou
de várias campanhas da Copa América como presidente do Luna Rossa Challenge e
depois como presidente da Federação Italiana de Vela. Como presidente da World
Sailing ele os conduziu através de uma remarcação da Federação Internacional de
Vela para a ISAF enquanto colocava os velejadores no coração do esporte.
Croce recebeu o prêmio do presidente da World Sailing, Kim
Andersen, depois de divertir outros convidados contando pequenas passagens de sua
vida e do vice-presidente da World Sailing, Gary Jobson.
Já Stan Honey recebeu o Troféu do Presidente, um prêmio que
reconhece um indivíduo por seu trabalho no desenvolvimento da vela. O prêmio
foi recebido das do presidente Andersen, como reconhecimento pelo
desenvolvimento da apresentação do esporte na televisão. Como velejador Honey
ganhou o Volvo Ocean Race e, como navegador, estabeleceu numerosos recordes
mundiais e atualmente navega no Comanche. Honey usou seus conhecimentos de
engenharia para criar gráficos revolucionários de televisão que melhoraram os
níveis de produção da vela.
Em 2013, Honey foi responsável pela criação de imagens
baseadas em GPS para a America's Cup e continua a desenvolver tecnologia para
um uso mais amplo no esporte. Em 2013 ele recebeu o Prêmio Emmy, o mais
importante da TV mundial.
Foto: Getty Images
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