A Federação internacional de Vela (World Sailing) já
trabalha para colocar o esporte novamente no programa Paralímpico de Paris
2024. A vela que até a edição do Rio 2016 era disputada nas Paralimpíadas
acabou sendo excluída do programa de Tóquio 2020, juntamente com o futebol de
7. O presidente da World Sailing, Kim Andersen, pediu que a organização
continue com o seu "forte impulso", pois eles procuram incluir o
esporte no programa paraolímpico Paris 2024.
Com a retirada dos dois esportes o Comitê Paralímpico
Internacional (IPC) acabou incluindo o para-badminton e o taekwondo em Tóquio.
O IPC considerado que a vela não cumpriu os critérios mínimos de seu manual
para que o esporte tenha um alcance mínimo a nível mundial. Nas regras do IPC "apenas
os esportes de equipe amplamente e regularmente praticados em um mínimo de 24
países e três regiões do IPC serão considerados para inclusão nos Jogos
Paraolímpicos e para esportes individuais no mínimo 32 países em três regiões
do IPC". As tentativas de recolocar o esporte ainda no cronograma dos
Jogos na capital japonesa acabaram falhando.
A decisão do IPC levou a entidade a lançar um plano
estratégico para que a vela possa recuperar o seu lugar no programa olímpico. Falando
na reunião do Conselho Mundial de Vela em Puerto Vallarta, México, Andersen
afirmou que a organização "também deve continuar com o forte impulso para
garantir que a vela paralímpica esteja totalmente integrada em nossa estrutura
e tenha o maior alcance possível para retornar aos Jogos Paralímpicos em 2024."
O plano estratégico traçado pela World Sailing tem quatro
objetivos principais. O primeiro é aumentar a participação mundial para 40
países em quatro continentes até o final de 2020. O segundo objetivo é ampliar
o número de competições, das mulheres praticantes e dos jovens. O terceiro
ponto é o marketing efetivo e a comunicação do esporte, aumentando assim o
engajamento com velejadores e fãs. A quarta etapa do plano está relacionada a
garantir que haja um sólido quadro de governança na disciplina.
A World Sailing também escolheu o italiano Massimo Dighe
para liderar os esforços para 2024. Dighe já havia sido escolhido em 2016 como
gerente da vela paralímpica. O programa paralímpico de Paris 2024 deve ser
fechado pelo IPC em janeiro de 2019, com o processo de inscrição dos esportes
interessados em participar sendo lançado em breve.
Foto: Cleber Mendes/MPIX/CPB
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