O Comitê Olímpico Internacional retirou na última segunda-feira (30) a suspensão imposta ao COB de participar dos próximos eventos, mas afirmou que uma proibição mais ampla imposta em meio a um escândalo de corrupção permanece em vigor, como por exemplo os repasses financeiros sendo ainda retidos.
"O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) será permitido a exercer novamente seus direitos de membro nas associações de Comitê Olímpico Nacional (NOC)", disse o COI em uma declaração.
O movimento permitirá que as autoridades brasileiras participem de duas reuniões programadas para esta semana em Praga.
O COI suspendeu provisoriamente o COB em 6 de outubro após a prisão do então presidente da entidade Carlos Nuzman em um escândalo de compra de votos de 2 milhões de dólares. Nuzman foi acusado de oferecer recompensas antes do voto de assembleia do COI de outubro de 2009 que concedeu aos Jogos do Rio 2016.
O comitê executivo do COI disse que as autoridades olimpíadas brasileiras "foram totalmente cooperativas" nas últimas três semanas, inclusive ao afastar Nuzman e instalar seu vice, Paulo Wanderley Teixeira, como sucessor interino.
Os brasileiros também lançaram uma auditoria interna que até agora não encontrou nenhuma conexão entre os supostos crimes de Nuzman e as contas do comitê olímpico nacional, disse o COI.
A auditoria, juntamente com uma revisão interna mais ampla do COB, está em andamento, afirmou ainda a declaração do COI.
"Não haverá decisão sobre o levantamento final da suspensão provisória do (COB) pelo COI até que este processo seja concluído", acrescentou.
Entretanto, o Brasil pode participar das reuniões da Associação dos Comités Olímpicos Nacionais e das Organizações Desportivas Pan-Americanas em uma assembléia geral do que começa na quinta-feira (08).
O Rio 2016 foi creditado com um sucesso esportivo e organizacional, mas as revelações de corrupção maciça durante os preparativos e agora, mesmo na atribuição dos Jogos, mancharam o legado.
Foto: Reuters
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