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Surto Entrevista: Ana Marcela Cunha

Por Regys Silva, Juvenal Dias e Marcos Antônio

Após brilhar e se tornar tricampeã mundial no mundial de esportes aquáticos, o que você faria? Ana Marcela Cunha resolveu continuar a todo vapor. Em entrevista para o Surto olímpico, a baiana de 25 anos continua treinando forte rumo a Tóquio. Ela afirma que os jogos Rio 2016 já são uma página virada e só olha para frente. ainda mais depois da delicada operação que teve para retirar o baço e mesmo assim, foi arrasadora em Budapeste no mundial desse ano. confira abaixo a nossa entrevista:



- Completamos um ano após a Olimpíada do Rio. O que mudou para você e para a maratona aquática nesse período?

Para mim posso dizer que a Rio 2016 é pagina virada, já estou em um novo ciclo olímpico, treinando forte me preparando para chegar forte em Tóquioo 2020.  

- O seu resultado na rio 2016 com certeza não era o que você esperava. Você ainda pensa que se não tivesse acontecido a falha na entrega da sua hidratação, o resultado seria muito diferente?

Como disse acima, virei a página. Não posso ficar me lamentando a vida inteira por algo que, infelizmente, aconteceu e não vai mudar mais. Agora é bola pra frente. Certamente, se pudesse ter me alimentando poderia ter conquistado um resultado melhor, mas, o destino quis assim e tenho mais quatro anos agora pela frente para mudar essa história.  

-Para muitos na natação, o último mundial de esportes foi mais forte que os Jogos Olímpicos. Na maratona aquática, você viu o nível das concorrentes mais fortes do que no Rio?

O nível do Mundial foi realmente muito forte, novos talentos surgindo e disputa foi bastante acirrada. Não da pra dizer o que foi mais ou menos difícil. Em ambas as competições o que a maratona aquática tinha de melhor estava competindo.  

- Como você analisa mais uma participação em Mundiais com três medalhas nas provas? Como se sente sendo a primeira tricampeã mundial desde quando a modalidade passou a integrar os esportes aquáticos? O que isso representa dentro do Brasil e no cenário internacional?

Sem dúvida foi incrível este Mundial para mim. Depois de ter passado por uma delicada cirurgia, ter ficado dois meses sem treinar, foi realmente uma volta por cima. Foi muito emocionante e simbólico para mim ter conquistado essas três medalhas. Cada uma teve um sabor especial. É muito gratificante subir no pódio, ouvir o hino e representar sua pátria. Um momento único, jamais será esquecido.


- Após os jogos Do rio você fez uma cirurgia para a retirada do Baço por causa de uma doença autoimune descoberta. Como foi o período de recuperação? Você se preocupou com o risco de não voltar a nada como antes?

Quem me conhece sabe que ficar dois meses parada, sem treinar, é muito ruim. Tudo passa pela cabeça. Mas tinha muita confiança na equipe médica e cumpri com todas as determinações dos médicos. Fiz tudo direitinho e pude voltar, no prazo determinado,  sem qualquer tipo de restrição. Estou completamente recuperada e a cirurgia foi um sucesso. 


- A CBDA passou por um tsunami de mudanças em 2017. Como você viu todos esses problemas de desvios de verbas que a entidade passou e como você vê a nova diretoria da CBDA?

Não me envolvo nessas questões políticas, prefiro assim. Quanto a nova diretoria desejo boa sorte e que faça um excelente trabalho para o esporte brasileiro. 


-Qual é o planejamento de próximas competições deste ciclo olímpico?

Meu planejamento é traçado pelo meu treinador. Hoje, posso lhe dizer, que estamos viajando pra China ainda esta semana para mais duas etapas da Copa do Mundo. Quando voltarmos iremos pensar o restante desta temporada. 


-Você conhece onde será disputada a competição no Japão? O que pode falar das características do clima e água de lá?

Em agosto de 2018 o Pan Pacifico  (competição dos países banhados pelo oceano Pacífico, onde o Brasil participa como convidado) será lá, vou querer muito conhecer. Teremos seletiva nacional no primeiro semestre, provavelmente no Rio de Janeiro.


-Você tem um desempenho muito interessante em distâncias maiores. O que está sendo feito para buscar a mesma dominância na distância olímpica?

Treino, muito treino. Não tem segredo. Treino incansavelmente e diariamente... (Risos)


-Uma característica que a difere das demais nadadoras é a descontração que se apresenta com seu cabelo. Para Tóquio já pensou em algum estilo?

Ah!!!!! Isso é segredo. Guardado a sete chaves. Mas certamente teremos novidades!


foto: Reuters e CBDA/ Satiro Sodré/ divulgação

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