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Nova geração do handebol masculino se destaca pela elevada estatura no Acampamento Nacional da modalidade

No handebol, pode se dizer que tamanho não é documento. Afinal, a modalidade é conhecida por ser uma das mais democráticas e abrigar atletas de diferentes características físicas. No entanto, a nova geração que vem por aí tem realmente se destacado pela estatura elevada. Prova disso é a média de altura dos jogadores que participaram do Acampamento Nacional de Desenvolvimento e Melhoria Técnica da categoria Juvenil Masculina, realizado nos últimos dias no Centro de Desenvolvimento, em São Bernardo do Campo (SP).

O projeto é realizado pela Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) e contou nessa edição com 64 jovens de 17 a 18 anos. A grata surpresa é que a média de altura dos participantes foi de 1m86. Na edição passada, em 2014, a média foi de 1m83.

Dependendo da posição, esse nível sobe ainda mais. É o caso dos atletas que formam o centro da defesa, com 1m92. Quando se trata dos pivôs, a marca ainda aumenta: 1m95. Neste caso, o fator torna-se um ponto bastante positivo, apesar de não ser essencial, conforme explica o coordenador de Seleções da CBHb, Washington Nunes.

“O handebol é um esporte que precisa de muita força e potência no espaço da quadra. Quanto maiores, mais fortes e mais altos, melhor, porém, não é fator determinante. Se fizermos um comparativo com a NBA, o Kevin Durant e o LeBron James, por exemplo, são atletas de mais de 2m10, com uma mobilidade impressionante que nem jogam como pivô. No handebol, vamos buscar o talento físico em relação à destreza, mobilidade, ocupação de espaço e inteligência na tomada de decisão, além da força e tamanho. Mas, nunca vamos deixar de fora um jogador com menos altura, desde que ele tenha bastante competência para jogar”, explicou.

Washington lembra que muitas Seleções, principalmente as europeias, contam com jogadores de grande estatura, por isso, ter atletas com essas características também é importante para poder encará-las. “Evidentemente que, para enfrentar essas equipes, precisamos tentar nos aproximar do biótipo internacional. O Acampamento serve para detectar jogadores com talento, que tenham também características que sejam significativas internacionalmente, e qualificá-los. A busca de um perfil físico global é uma meta, sem desprezar os outros jogadores que têm perfil menor e grande competência para jogar”, acrescentou.

Alguns dos jovens que foram ao Acampamento se aproximam dos 2 metros de altura, como é o caso de José Luciano Costa da Silva. Com 17 anos, ele tem 1,98m e é de Rodrigues Alves, no interior do Acre, mas atualmente joga pela ACVHB, de Campo Verde (MT).

“Minha família é alta e eu sou o maior. Acabei indo jogar como meia esquerda, porque tenho agilidade e rapidez e minha envergadura é grande. Meus professores acharam que eu me identificava na posição e acabei me desenvolvendo”, disse José.

O acreano conta que sempre chamou atenção pela altura, inclusive dos amigos. “Tem gente que me chama de ‘grandão’, umas piadinhas, mas eu levo na brincadeira. Eu tenho um grande sonho de jogar profissionalmente. Estou no terceiro ano do Ensino Médio, vou terminar a escola e agora já tenho visibilidade de outros técnicos, então quero me destacar para aferir em frente”, acrescentou.

Outro caso é de Luís André Sabóia da Silva. Também com 1m98 aos 17 anos, o jovem atleta saiu de Itaiçaba, no interior do Ceará, e agora defende o Nacional Handebol Clube, de São José (SC).

“Minha família é toda alta, a geração é toda alta. Na minha cidade, eu jogava como armador e depois fui colocado para jogar como pivô. Pelo que me falaram, eu joguei bem, me destaquei e desde 2014 atuo na posição. Acho que todo mundo quer jogar pela Seleção, mas eu também quero fazer faculdade de fisioterapia no ano que vem."

Foto; CBHb/Divulgação


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