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Mundial de Ginástica Artística 2017 - Último dia

No domingo (8) foi disputado o último dia do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, em Montreal, no Canadá. No masculino foram disputadas as provas de salto, barras paralelas e barra fixa e no feminino as provas de trave e de solo. Foram mais quatro novos campeões mundiais nesta edição, já que o campeão do salto foi o japonês Kenzo Shirai, que já havia vencido a prova de solo no sábado. Thais Fidelis fez uma ótima prova de solo e se aproximou da medalha de bronze, mas acabou em quarto lugar, logo atrás da britânica Cláudia Fragapane. O Brasil se despediu de Montreal sem subir ao pódio, assim como aconteceu no último mundial em 2015. Foram quatro finais alcançadas pelos brasileiros, com o melhor resultado vindo justamente com Thais Fidelis.

A primeira prova disputada foi a final do salto masculino. A prova começou com a troca de um dos finalistas. Maior favorito ao ouro e primeiro colocado na fase de classificação, o sul-coreano Yang Hakseon não apareceu para a final, provavelmente por lesão, e foi substituído pelo russo Artur Dalaloyan. A definição do ouro acabou sendo a mais apertada de toda a competição em Montreal. O japonês Kenzo Shirai acabou ficando com o ouro ao obter a média de 14.900 em seus dois saltos. A prata ficou com o ucraniano Igor Radvilov com 14.899. Apenas 0.001 separou os dois concorrentes. Os saltos de Radvilov foram mais difíceis, mas a execução do japonês foi melhor, o que acabou decidindo em favor do chinês. A diferença entre o medalhista de bronze e o quinto colocado também foi pequena. Hansol Kim, o segundo sul-coreano da final, alcançou a média de 14.766, contra 14.716 do romeno Marian Dragulesco, que havia se classificado em terceiro lugar, e 14.704 do guatemalteco Jorge Veja Lopez, o primeiro ginasta masculino de seu país a fazer uma final individual em um mundial de ginástica. O russo Dalaloyan, que entrou na final no lugar do sul-coreano, acabou caindo e ficou em último lugar.

A final de trave foi a segunda final disputada no dia. Foi provavelmente o aparelho que mais sofreu com a ausência das favoritas que se lesionaram antes ou durante o mundial, que optaram por se ausentar do mundial ou que caíram durante a fase classificatória. Sem Flávia Saraiva, Simone Biles, Catalina Ponor, Sanne Wavers, Laure Hernandez, Larisa Iordache, Ragan Smith, dentre outras, a final do aparelho acabou tendo a participação de várias ginastas que não são especialistas no aparelho. Isso fez com que a final contasse com um nível técnico mais baixo, e que uma ginasta que anteriormente era apontada como uma possível zebra para a o pódio acabasse com a medalha de ouro. A prova foi vencida pela alemã Pauline Schaefer, com 13.533, em uma série que apesar de não contar com um alto grau de dificuldade foi bem executada. A medalha de prata ficou com a norte-americana Morga Hurd, com 13.400. Morgan teve um desequilíbrio em sua série e acabou estourando o tempo, fazendo com que ela sofresse uma punição de -0.100. O bronze também foi para a Alemanha, com Tabea Alt, que havia ficado em primeiro lugar na fase de classificação. A japonesa Murakami Mai, que já havia ficado em quarto lugar no individual geral acabou repetindo a colocação também na trave. Dona da casa e medalhista de prata no individual geral, Elsabeth Black acabou sofrendo uma queda e terminou em último lugar.

Se a prova de trave teve um baixo nível técnico, com as barras paralelas foi justamente ao contrário. A prova contou com grandes especialistas que fizeram uma bela disputa. No final, medalha de ouro para o chinês Jingyuan Zou, com a nota de 15.900. A medalha de prata ficou com o ucraniano Oleg Verniaiev, atual campeão olímpico no aparelho, com 15.833, uma diferença bem pequena para o ouro. Os dois ginastas inverteram suas posições da fase de classificação, já que o ucraniano havia avançado em primeiro e o chinês em segundo. A medalha de bronze também foi muito disputada, com vitória do russo David Belyavskiy sobre o cubano Manrique Larduet por apenas 0.1. Enquanto Belyavskiy teve nota de 15.266, Larduet teve 15.166 e acabou de fora do pódio.

A final de solo feminina interessava muito ao Brasil, pois nela estaria Thais Fidelis, última chance que o país tinha de subir ao pódio. E Thais quase conseguiu. Com uma boa série, a ginasta acabou cometendo pequenos erros na primeira e na última passada, que custaram preciosos décimos que a deixaram em quarto lugar, atrás da britânica Cláudia Fragapane. Enquanto Thaís ficou com 13.666, Fragapane obteve 13.933. Apesar de não conseguir uma medalha, Thais que estreava em mundiais, acabou quebrando um jejum de seis anos em que uma brasileira não chegava a uma final individual em mundiais. A medalha de ouro foi da japonesa Murakami Mai, após bater na trave por duas vezes neste mundial. Aliando alta dificuldade com boa execução, a japonesa conseguiu a nota de 14.233. Medalha de prata para a norte-americana Jade Carey, com 14.200. A prova que já não contou com a presença de Ragan Smith lesionada, acabou presenciando mais uma grave lesão. A veterana italiana Vanessa Ferrari acabou sofrendo uma queda feia logo no início de sua série e abandonou a competição com dores no tornozelo. Mais tarde foi revelado que a italiana sofreu uma ruptura em seu tendão de Aquiles.

A última prova do mundial foi a de barra fixa. A final foi marcada por várias quedas e erros, inclusive de alguns favoritos. O ouro foi conquistado pelo croata Tin Srbic com a nota de 14.433, que havia se classificado em terceiro lugar. Maior favorito ao ouro, o holandês Epke Zonderlad acabou tendo uma falha em sua prova, mas conseguiu se segurar e não caiu. Ele obteve 14.233 e conquistou a medalha de prata. Bronze para o seu compatriota, Bart Deurloo, com 14.200. O japonês Hidetaka Miyachi e o cubano Randy Leru, que faziam ótimas séries, acabaram caindo e acabaram com suas chances de medalha. Enquanto o japonês caiu no meio de sua série, o cubano acertou toda a prova em cima do aparelho, mas acabou caindo em sua saída. O russo David Belyavskiy, também favorito no aparelho, acabou sofrendo um erro grave, e mesmo sem cair do aparelho, acabou distante da medalha. Foi também na barra fixa que o russo acabou perdendo sua medalha no individual geral ao cair no aparelho em sua última apresentação.

Para ver os resultados completos clique aqui.

Medalhistas:

Salto masculino:
Kenzo Shirai – Japão
Igor Radvilov – Ucrânia
Hansol Kim – Coreia do Sul

Trave:
Pauline Scheafer – Alemanha
Morgan Hurd – Estados Unidos
Tabea Alt – Alemanha

Barras paralelas:
Jingyuan Zou – China
Oleg Verniaiev – Ucrânia
David Belyavskiy – Rússia

Solo feminino:
Murakami Mai – Japão
Jade Carey – Estados Unidos
Cláudia Fragapane – Grã-Bretanha

Barra fixa:
Tin Srbic – Croácia
Epke Zonderland – Holanda

Bart Deurloo – Holanda

Foto: FIG


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