O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou que está revisando
as regras e o regulamento da classificação funcional do atletismo para a
temporada de 2018, e uma série de grandes mudanças será feita.
A
atualização e revisão das regras, as quais entrarão em vigor dia 1 de
janeiro de 2018, seguem o valioso trabalho e a consulta dos membros do
Comitê Paralímpico Internacional, do Classification Advisory Group e do
IPC Management Team. Também foram levadas em consideração as
recomendações do IPC Classification Research and Development Centres de
Brisbane (instituto de pesquisa de atletas com deficiência física) e de
Leuven (o qual estuda atletas com deficiência intelectual), conforme um
pedido do IPC Board of Appeal of Classification.
Como resultado
da vasta consulta feita, novos testes foram introduzidos para auxiliar a
tomada de decisões na classificação, com o intuito de assegurar que os
atletas recebam a categorização apropriada.
Como resultado dos
novos testes, todos os atletas com uma data de revisão confirmada ou
fixa das classificações T/F 20, T/F 31-34 e T/F35-38 serão colocados de
volta em revisão para o próximo ano. Portanto, será obrigatório que
todos os atletas que forem participar de uma competição estejam
classificados, caso ela seja conduzida pelo Comitê Paralímpico
Internacional.
A partir do início do ano que vem, o Comitê
Paralímpico Internacional também irá apresentar o novo grupo de
classificação T61-64, o qual contemplará atletas que correm ou saltam
com próteses de membros inferiores. As já existentes classes T42-44
serão agora exclusivamente para atletas que possuem deficiência de
membros inferiores, mas que são capazes de correr ou saltar usando dois
membros anatômicos.
Espera-se que a transferência de atletas para
suas respectivas novas classes não exija que a maioria deles seja
colocada em revisão, com os atletas sendo automaticamente inseridos na
seguinte estrutura:
• T61 – Atletas duplamente amputados do joelho para cima que competem correndo ou saltando usando proteses;
• T62 – Atletas duplamente amputados do joelho para baixo que competem correndo ou saltando usando proteses;
• T63 – Atletas amputados de uma única perna do joelho para cima que competem correndo ou saltando usando proteses;
• T64 – Atletas amputados de uma única perna do joelho para baixo que competem correndo ou saltando usando proteses.
Peter
Van de Vliet, diretor médico e científico do IPC, disse: “estas são
grandes mudanças para o esporte paralímpico, mas mudanças ainda maiores
estão sendo feitas seguindo o parecer integral da comunidade de
paratletas e de importantes grupos de pesquisa. Nós gostaríamos de
agradecer a todos pelo apoio ao longo dessas etapas”.
“A
classificação é um processo em evolução, e nos baseando em melhores
estudos, nós podemos tomar decisões importantes como esta para
desenvolver ainda mais o esporte. Ao introduzir testes adicionar para as
classes 20s e 30s, nós podemos auxiliar ainda mais na classificação
adequada para os atletas”
Ryan Montgomery, director de esportes
de verão do IPC, falou: “nós gostaríamos de agradecer a comunidade de
paratletas e nossos parceiros de pesquisa pelo ótimo trabalho que eles
têm conduzido para garantir que a classificação paralímpica permaneça
objetiva e transparente. Nós também estamos ansiosos para reunir todos
nossos paratletas mundiais classificados nas próximas semanas, onde eles
passarão por um longo processo de recertificação antes da implementação
das novas regras de classificação em 2018".
As novas regras
mundiais de classificação paralímpica estão atualmente em etapas finais
de revisão pelo IPC Medical & Scientific Department and IPC Legal
Department. Uma vez que essas revisões forem finalizadas, a versão final
do novo regulamento de classes será publicada em
www.worldparaathletics.com.
Foto: CPB/MPIX
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