Vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley assumiu na quinta-feira (6) a presidência da entidade.
Wanderley foi presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) por 16 anos, tendo saído este ano do cargo.
O potiguar, que mora no Espirito Santo, assume a presidência no lugar de Carlos Arthur Nuzman, que foi preso também na quinta-feira em razão da Operação Jogo Sujo, em que é acusado de estar envolvido na compra de votos para que o Rio de Janeiro sediasse os Jogos Olímpicos de 2016.
Em entrevista ao site Globoesporte.com, o dirigente disse que não irá fazer julgamentos precipitados e que a investigação vai dizer alguma resposta.
O presidente em exercicio também disse que o momento do Brasil é de transparência e quem não se encaixar está fora.
Comissão de atletas do COB apoia operação
Ainda na quinta-feira, a comissão de atletas do COB, liderada pelo presidente Tiago Camilo e com apoio dos outros 18 atletas que a compõem publicou nota de apoio a Operação que prendeu Carlos Nuzman:
"A Comissão de atletas do Comitê Olímpico do Brasil, vem através
desse documento expressar total apoio às operações que buscam
transparência na gestão das entidades esportivas brasileiras. Não
devemos fechar os olhos para o ilícito e é nosso dever como qualquer
cidadão brasileiro, proteger e preservar o bom funcionamento do nosso
País. Gostaríamos também fosse separado a instituição (COB), do Sr.
Carlos Arthur Nuzman e que fique à cargo da Polícia Federal e Justiça
brasileira fazerem toda denúncia, investigação e condenação de seus atos
praticados. Gostaríamos ainda, que os Jogos do Rio 2016 não sejam
lembrados somente por esse escândalo ou outro problema qualquer, mas sim
pelo desempenho e pelas conquistas dos atletas brasileiros nas arenas e
ginásios olímpicos. Isso deve ser o nosso legado para as crianças e uma
prova que o esporte sempre será um dos melhores caminhos para o
desenvolvimento humano."
Foto: CBJ
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