O Comitê Olímpico Interacional (COI) abriu oficialmente o
processo de candidatura para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de
2026. Os presidentes dos Comitês Olímpicos Nacionais (CNO) receberam uma carta na
sexta-feira, 29 de setembro, para iniciar oficialmente o processo, que será
concluído na sessão do COI em Milão, marcado para 2019. O processo será agora
feito de forma simplificado visando atrair mais cidades interessadas em receber
os Jogos de inverno.
O processo de candidatura é dividido em duas partes. A
primeira ocorre internamente dentro de cada país com as cidades interessadas
dialogando ao longo de um ano com o comitê olímpico nacional, ao lado do COI. As
partes envolvidas avaliarão os benefícios e os requisitos relacionados aos
Jogos Olímpicos de Inverno. A fase se estenderá de setembro de 2017 a outubro
de 2018, com prazo para entrar no processo até o dia 31 de março.
Um curto estágio de candidatura formal acontecerá entre
outubro de 2018 e setembro de 2019. De acordo com o COI, o procedimento
simplificado ajudará as cidades candidatas a aumentar o valor do plano de candidatura
dos Jogos.
Em seguida, a fase de candidatura em si irá durar dois anos.
"Em todas as etapas, o procedimento será adaptado ao contexto e as
necessidades de cada cidade e incluirá o diálogo contínuo entre as cidades e o
COI, possibilitando a melhoria contínua dos projetos dos Jogos. Essas mudanças
beneficiam os Comitês Olímpicos de Candidaturas (COCs) através da provisão do
COI e serão necessárias menos entregas durante todo o processo de candidatura
e, assim, os orçamentos de candidatura serão substancialmente reduzidos”,
afirmou a carta emitida pelo presidente do COI, Thomas Bach.
Bach ainda afirma na carta que o processo deve focar ainda
mais em locais de jogos já existentes, temporários ou desmontáveis, afim de
reduzir os custos na realização do evento. "Apresentar uma candidatura
para os Jogos Olímpicos não é uma franquia e certamente não existe uma solução
de tamanho único. O processo de candidatura é sobre fazer propostas e oferecer excelentes
Jogos sem comprometer o campo de atuação dos atletas, ao mesmo tempo em que
atende as necessidades da cidade e da região para garantir um legado positivo e sustentável a longo prazo”, assegurou Bach.
O COI tenta evitar acontecer com o processo de eleição das
Olímpiadas de 2026 o mesmo que aconteceu com a corrida pela sede da Olimpíadas
de 2024, quando várias cidades desistiram de disputar o processo pelos altos
custos de se receber o evento. Budapeste, Hamburgo e Roma retiraram-se do
processo de licitação de 2024, deixando apenas Paris e Los Angeles como opções
para o COI. O órgão decidiu então escolher de uma só vez as sedes das Olimpíadas
de 2024 e 2028, entregando os Jogos para Paris e Los Angeles, respectivamente. Para
as Olimpíadas de inverno de 2022 apenas Almaty e Pequim se candidataram, após Estocolmo,
Lviv, Cracóvia e Oslo se retirarem.
Várias cidades já manifestaram interesse em lançar ofertas
de candidatura para os Jogos de Inverno de 2026. O governo austríaco apoiou a
candidatura proposta por Innsbruck, mas a cidade pode enfrentar um referendo
que ameace a retirada da candidatura. Sion, na Suíça, e Calgary, no Canadá, também
estão entre as possíveis concorrentes para 2026. Sion também deverá passar por
um referendo e Calgary deverá descobrir se continuarão a apoiar seus esforços
para lançar uma candidatura nas próximas semanas.
Almaty no Cazaquistão, Sapporo no Japão e Erzurum na Turquia
também podem entrar na corrida. Espera-se que o Comitê Olímpico dos Estados
Unidos discuta no próximo mês propostas para os Jogos Olímpicos durante a
reunião de sua diretoria.
Foto: Fabrice Caffrini/AFP
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