Os investigadores do Comitê Olímpico Internacional (COI)
esperam resolver alguns dos casos de doping envolvendo atletas russos que foram
pegos durante as Olimpíadas de Inverno de Sochi 2014 até o próximo mês de
novembro. Apesar disso, o COI ainda não tem planos de determinar a
elegibilidade desses atletas para os Jogos de Inverno de PyeongChang, que serão
disputados no mês de fevereiro de 2018.
O líder de uma delegação do COI encarregado de revisar 28
casos de atletas russos envolvidos com o doping durante as disputas em Sochi
escreveu para o chefe da Comissão de Atletas do COI esta semana para atualizar
o cronograma das ações. Os casos são decorrentes do relatório McLaren, que
detalhou um esquema de doping russo patrocinado pelo estado e feito de forma
sistematizada antes e durante os Jogos Olímpicos de 2014.
Denis Oswald disse que dentre os casos em que o comitê está
revisando, a prioridade foi dada àqueles que envolvem atletas que pretendem
competir em PyeongChang. Os casos envolvem seis esquiadores do cross-country
cujas suspensões provisórias impostas pelo COI expiram em 31 de outubro. Oswald
também disse que o comitê determinaria os resultados desses atletas para Sochi,
entretanto não determinará sua elegibilidade para PyeongChang. Ao invés disso,
o comitê irá entregar evidências às respectivas federações esportivas para que
elas possam decidir sobre os atletas.
O COI também montou uma força-tarefa para examinar o
escândalo de doping russo como um todo, cujos resultados poderão ter maiores
implicações na decisão de liberar ou não a Rússia para competir nas Olimpíadas
do próximo ano.
Em uma carta enviada a líderes esportivos de todo o mundo, o
presidente do COI, Thomas Bach, disse apenas que a Comissão Schmid continua em
sua avaliação e diz esperar que a Comissão Executiva do COI ainda possa tomar
uma decisão este ano, já que nenhum dirigente esportivo quer que esta questão
de doping ofusque as próximas Olimpíadas.
Oswald explicou que, como o esquema russo envolveu a troca
de amostras de urina contaminadas por amostras limpas, demorou-se a adotar
métodos para verificar se as amostras foram adulteradas. Em parte delas foram
encontradas evidências de marcas de rascunho nas garrafas de coleta que haviam
sido abertas e depois lacradas novamente. "A tarefa não foi fácil ao
estabelecer uma metodologia em uma área na qual não há protocolos estabelecidos.
E em seguida, passando pela análise científica necessária de cada amostra
individual de uma forma que estas resistissem ao desafio legal", disse
Bach.
Foto: FIFA.com
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