A Agência Mundial Antidopagem (WADA) publicou a lista atualizada de substâncias proibidas para 2018, com uma série de mudanças. Aprovado pelo Comitê Executivo da WADA em sua reunião em Paris no domingo (24 de setembro), a lista designa quais substâncias e métodos são proibidos dentro e fora da competição. E o álcool foi removido da lista.
Dentre os esportes que consideravam o álcool uma substância dopante está o tiro com arco, que é olímpico. Junto com automobilismo e esportes aéreos, as modalidades terão tempo para adaptação a lista.
A WADA alega que o controle do processo das Federações permitirá que eles sejam mais flexíveis na aplicação de regras e limiares conforme entenderem.
As organizações nacionais antidopagem não serão mais obrigadas a realizar testes de álcool, mas podem ajudar os órgãos de governo quando considerados apropriados.
O canabidiol também foi removido da lista proibida, a menos que contenha THC, o componente psicoativo da maconha.
A substância bemitil foi adicionada à lista de monitoramento da WADA fora da competição, enquanto a hidrocodona, para dor, será monitorada em competição.
Mitragynine e telmisartan foram removidos da lista de monitoramento devido à informação de prevalência obtida, enquanto a cafeína, nicotina, tramadol, glucocorticóides e beta-2-agonistas continuam a ser avaliados.
"A WADA tem o prazer de publicar a lista proibida de 2018", disse o presidente da organização, Sir Craig Reedie. "Atualizado anualmente, a lista é lançada três meses antes de entrar em vigor para que todas as partes interessadas - em particular os atletas e sua comitiva - tenham tempo suficiente para se familiarizarem com o documento e suas modificações.
"É vital que todos os atletas e e comissões tecnicas tomem o tempo necessário para consultar a lista, e que, eles contatam suas respectivas organizações antidoping se tiverem dúvidas sobre o status de uma substância ou método".
A AMA esperará evitar problemas ocorridos no ano passado ao adicionar o meldonium à lista proibida, que produziu uma série de falhas antes de reconhecer que "mais pesquisas eram necessárias" para verificar quanto tempo a substância deveria permanecer no corpo humano.
Meldonium, uma medicação para o coração, permanece na lista para 2018.
"Anualmente, a revisão da lista proibida envolve um processo muito extenso de consulta das partes interessadas ao longo de nove meses", disse Olivier Niggli, gerente-geral da WADA.
"Ao analisar a lista, os especialistas examinam fontes como: pesquisa científica e médica, tendências e informações coletadas das empresas de aplicação da lei e farmacêuticas para se manter à frente daqueles que se esforçam para enganar o sistema".
O estado da WADA com a revisão da lista começou com uma reunião inicial em janeiro, que iniciou um extenso processo de nove meses.O processo incluiu o grupo de especialistas da WADA reunindo informações e divulgando um rascunho entre as partes interessadas, bem como levando em consideração as propostas.
A revisão foi realizada pelo Comitê de Saúde, Medicina e Pesquisa da AMA, que então fez uma recomendação ao Conselho Executivo.
Foto: Reuters
.
APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024
Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!
Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!
0 Comentários