Os advogados do médico Larry Nasser, que trabalhava como
médico oficial da Confederação de Ginástica dos Estados Unidos (USA
Gymnastics), querem mover o caso de seu cliente para fora de Lansing, no
Michigan. Nasser é suspeito de abusar sexualmente de mais de 100 ginastas do
Estados Unidos, a grande maioria quando ainda eram menores de idade. Mais de 10
ginastas acusaram formalmente o médico. Ele foi preso em 2016 após terem sido
encontradas milhares de imagens contendo pornografia infantil sob sua posse. A USA Gymnastics é acusada de ter abafado o
caso quando tomou conhecimento dos abusos. Nasser foi o médico da confederação
por 20 anos.
O Lansing State Journal informou que os advogados que
representam Larry Nassar apresentaram uma solicitação de mudança do local por
considerarem que o caso de Nasser está sendo muito exposto pela mídia. Eles disseram
que o caso vem sendo inflamado e sustentado pela imprensa norte-americana, o que
para eles dificultaria um julgamento justo para o médico.
O caso voltou a ser pauta na mídia após a campeã olímpica com
a equipe dos Estados Unidos em Londres 2012, McKayla Maroney, ter relatado em
uma postagem no Twitter ter sofrido abusos do médico. A postagem de Maroney foi
feita utilizando a hashtag “Me too” (Eu também), uma campanha que incentiva mulheres
que sofreram abusos sexuais a relatarem os seus casos. A ex-ginasta afirmou que
os abusos sofridos por ela começaram quando ela tinha 13 anos de idade e se
estenderam até o dia em que se aposentou.
Nassar se declarou inocente de quase duas dúzias de
acusações em Michigan. Ele se declarou culpado de três acusações de pornografia
infantil em um caso não relacionado com as acusações de abuso, mas não foi
condenado.
Foto: NBC
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