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Mundial de Boxe 2017 - Último dia

Terminou no sábado (02) mais uma edição do campeonato mundial de boxe realizado em Hamburgo, na Alemanha. No dia mais importante do torneio, o das finais, Cuba demonstrou sua dinastia conquistando cinco dos 10 ouros disputados recuperando a ponta do quadro de medalhas perdida para o Uzbequistão nos Jogos do Rio em 2016.

Um dos maiores nomes da equipe cubana sem dúvidas é o de Julio Cezar de La Cruz (foto) que se tornou na tarde de ontem tetracampeão mundial de boxe na categoria -81kg. Também campeão olímpico nos Jogos do Rio, o cubano reeditou a final do último mundial contra o irlandês Joe Ward e novamente o resultado foi o ouro para o atleta que, com apenas 28 anos, já é um dos maiores boxeadores da história de seu país. De La Cru só fica atrás de dois compatriotas no ranking de maiores medalhistas dos mundias de boxe: Juan Hernánde Sierra, dono de quatro ouros e um bronze, e do grande Félix Savón, vencedor de seis ouros e uma prata.

Yohannis Argilagos foi outro cubano que subiu novamente no topo do pódio em mundias, porém este com o bicampeonato. Depois de não confirmar o favoritismo e terminar com o bronze no Rio pela categoria -49kg, o jovem de 20 anos com um ritmo de luta alucinante em três rounds venceu o campeão olímpico dos Jogos do Rio Husamboy Dusmatov, do Azerbaijão, por unanimidade.

Os outros três títulos de Cuba vieram com atletas que se tornaram campeões mundiais pela primeira vez, demonstrando a renovação do país no esporte.

Em dois duelos Cuba x Uzbequistão, vitórias de Yosvaní Veytía sobre Jasurbek Latipov pela categoria -52kg e do jovem Andy Cruz Gomes, de apenas 20 anos, que derrotou Ikboljon Kholdarov pela -64kg.

Por fim, o quinto ouro veio em um dos maiores triunfos do dia para os cubanos. Na categoria -91kg, Erislandy Savón, bronze nos Jogos do Rio, derrotou por decisão divida o russo Evgeny Tichchenko, simplesmente o atual campeão mundial e olímpico, que não perdia uma luta sequer desde 2014. Uma das maiores surpresas da edição.

No duelo entre uzbeques e cubanos, que está se tornando uma grande rivalidade nos dias atuais, os representantes do país localizado na Ásia Central e vencedores das olimpíadas no ano passado conseguiram sair com ao menos um ouro. Vencedor da medalha de prata nos Jogos do Rio, Shakhram Gyiasov foi o responsável pelo único título do país nesta edição do mundial ao derrotar Rosniel Iglesias, campeão mundial em 2009, pela categoria -69kg por unanimidade.

A sétima final com cubanos no dia foi disputada por adversários bem conhecidos dos brasileiros. Derrotados por Robson Conceição nos Jogos do Rio respectivamente na final e semifinal, o francês Sofiane Oumiha e o cubano Lazaro Alvarez fizeram a final da categoria -60kg neste sábado. O francês, que teve seu nariz quebrado pelo brasileiro na final olímpica, venceu o cubano em uma luta muito disputada. Após perder o primeiro assalto, Oumiha conseguiu reverter nos rounds seguintes e sair com a vitória com resultado dividido pelos juízes. Este foi apenas o quarto ouro da história francesa em mundiais, enquanto Cuba tem setenta e seis. Destes, três são de Lazaro, que falhou em repetir o feito de seu compatriota Julio Cezar de La Cruz,não conquistando o tetracampeonato.

Outra grande potência da modalidade, o Cazaquistão, esteve nas outras três finais do dia da sábado, vencendo uma delas. Kairat Yeraliev, que havia sido bronze em casa no mundial de Almaty-2013, venceu a categoria -56kg por decisão dividida contra o jovem ameriano Duke Ragan.

Eleito o melhor boxeador da competição, o ucraniano Oleksandr Khyzhyniak derrotou por unanimidade o cazaque Abilkhan Amankhul pela categoria -75kg. O titulo de Khyzhyniak de melhor atleta da competição foi "por seus potentes golpes e disposição durantes as lutas".

A última disputa de ouros do dia veio da categoria +91kg. A medalha dourada foi para Magomedrasul Majdov do Azerbaijão, em vitória unânime sobre o cazaque Kamshybek Kunkabayev. Majdov se tornou assim, tricampeão mundial, pois também é detentor dos títulos de 2011 e 2013.

Cuba, obviamente, venceu o mundial com cinco ouros e duas pratas. O Uzbequistão com um ouro, três pratas e dois bronzes veio em seguida. Outros dezenove países conquistaram medalhas, com destaque também para Camarões, Colômbia e Equador, com um bronze cada, que se configura nas primeiras medalhas destes países na história da competição.

O próximo mundial de boxe será o feminino e ocorrerá em Nova Délhi na Índia no próximo ano, porém sem data definida. Também com o calendário ainda não confirmado, o próximo torneio masculino será disputado em Sochi na Rússia. A cidade que sediou os Jogos de Inverno de 2014 receberá em 2019 a edição que promete servir também como torneio pré olímpico.

Foto: AIBA


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