O australiano John Coates pretende dar um passo importante
para estender sua participação no comitê Olímpico Internacional (COI) ao se
candidatar para ser um membro “individual” da entidade. Se a mudança for
aprovada na próxima sessão do COI, que será realizada em Lima no próximo final de
semana, Coates deixará de ser um membro apenas por ser presidente do Comitê
Olímpico Australiano (AOC). A mudança aumentaria suas perspectivas de
permanecer como membro do clube mais exclusivo do esporte até 2024.
Para que seu plano possa ser concretizado ele primeiramente
deverá ser reeleito para a sua posição no NOC, algo que deverá acontecer como
mera formalidade. "O Sr. Coates estará realmente sujeito à reeleição
durante a sessão do COI em Lima após oito anos de adesão (em sua função de
presidente do NOC). O Sr. Coates é candidato para a mudança de status do NOC
para um membro individual. A votação será realizada no último dia da sessão do
COI", disse um porta-voz do COI.
Coates, de 67 anos é membro do COI desde 2001 e terminará
seu mandato como vice-presidente da entidade nesta semana, quando também
deixará o Conselho Executivo. Segundo ele, a mudança para membro individual do
COI foi uma proposta feita pela Comissão de Nomeações da entidade antes de receber
a aprovação do conselho.
Como Coates deixaria a presidência do Comitê Australiano em
maio, se ele não tivesse êxito na votação interna para seguir como mandatário do
Comitê Australiano, ele perderia imediatamente a sua filiação no COI, assim como
aconteceu com Sir Philip Craven esta semana, quando deixou sua posição de
presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). No entanto, o australiano
acabou derrotando sua concorrente Danni Roche por 58 votos a 35 em maio e conseguiu mais um mandato no AOC. Em teoria,
Coates, que também preside a Comissão de Coordenação do COI para Tóquio 2020, terá
que se aposentar como membro quando atingir o limite de idade de 70 anos em
2020, portanto, antes do termo deste prazo.
Entretanto, uma brecha pode ser aproveitada pelo dirigente.
De acordo com uma mudança de regras aprovada pelo COI recentemente, como parte
de suas reformas da Agenda 2020, a entidade pode decidir por "uma extensão
única do mandato de um membro do COI por um período máximo de quatro anos, além
do limite de idade atual de 70 anos ".
Este seria um dos principais motivos da mudança de Coates
para membro individual. O outro é a possibilidade, por qualquer razão, de que seja
obrigado a deixar o comando do Comitê australiano antes do prazo, o que ele
nega ter qualquer plano a respeito. "Para ser claro, a minha proposta de
reeleição para o COI, juntamente com outros 15 (membros), após oito anos de
adesão será no meu caso em minha função de presidente do NOC e até o final de
2020. Eu não teria sido elegível para essa reeleição se eu tivesse perdido a
Presidência do Comitê Olímpico Australiano”, afirmou Coates.
“Se esta reeleição (do NOC) for aprovada pela Sessão do COI
aqui em Lima, então, será proposta nesta uma mudança de status de presidente do
NOC para membro Individual independente. Uma mudança de status significará que
minha associação será contínua. Eu ainda estarei sujeito à aposentadoria no
final do ano em que fizer 70 anos, ou seja, em 2020", concluiu Coates.
Foto: AP
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