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IWF deve banir 9 países do Campeonato Mundial deste ano por reincidência em casos de doping

Nove países podem ser banidos do Campeonato Mundial de Levantamento de peso deste ano, que será disputado em Anaheim, nos Estados Unidos. O grupo é formado por algumas das principais e mais vitoriosas nações no esporte. A provável suspensão ocorreria em decorrência dos constantes casos de doping que estão sendo descobertos através das reanalises de exames dos atletas do levantamento de peso feitas nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, e de 2012, em Londres.

O grupo de países é composto por Rússia, Cazaquistão, Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Moldávia, Ucrânia, Turquia e China. A China é a maior campeã nos últimos 20 anos nos eventos do levantamento de peso, terminando em primeiro lugar no quadro de medalhas em todas as Olímpiadas e mundiais dos últimos 20 anos, com exceção do mundial de Antália, Turquia, em 2001, quando outra força da modalidade, a Rússia acabou terminando em primeiro, tirando a China do topo.

Uma comissão composta por três pessoas foi criada para analisar e decidir o que deveria ser feito com o grupo dos nove países, todos eles tiveram entre três e dez casos positivos de doping nas reanálises das amostras de Pequim e Londres. Neste final de semana a comissão deverá se encontrar em Budapeste para finalizar suas análises e levar para a Federação Internacional de Levantamento de Peso (IWF) suas conclusões. O relatório será também baseado em uma reunião extraordinária da Diretoria Executiva da IWF que foi realizada em Bucareste entre os dias 30 de setembro e 1 de outubro. Como resultado, os nove países deverão ser suspensos da principal competição do ano.
A comissão é formada pelo alemão Christian Baumgartner, presidente da Federação Alemã de Levantamento de Peso, pelo vice-presidente da IWF e pelo britânico Mike Irani, membro do conselho executivo da IWF.

O levantamento de peso vem sofrendo uma pressão por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) para que os inúmeros casos de doping na modalidade possam ser extintos. O esporte chegou até ser ameaçado de ser retirado dos Jogos Olímpicos caso os problemas não fossem sanados. Somente em 2008 e 2012 foram 49 testes que deram positivo no levantamento de peso. Destes, 30 foram de medalhistas, entre eles um dos maiores nomes do esporte, Ilya Ilyn, do Cazaquistão. O atleta que havia sido campeão nas duas edições olímpicas, 2008 e 2012, na categoria até 94 kg, foi pego no doping pelas reanálises das amostras em ambas edições.

E é justamente o Cazaquistão o país que mais caiu no exame antidoping. Foram 10 pessoas que testaram positivos, sendo que destes, 5 foram flagrados por duas vezes. A Rússia que também contou com 10 casos positivos já havia sofrido uma severa punição durante os Jogos Olímpicos disputados ano passado, quando o país foi banido por completo do levantamento de peso. Em seguida aparece a Bielorrússia com 7 casos, o Azerbaijão com 5 e a Armênia com 4. Turquia, Ucrânia, China e a Moldávia tiveram 3 casos cada.

A decisão de sancionar os países reincidentes com três casos positivos já havia sido tomada em uma reunião da IWF realizada em Tibilisi, na Geórgia, 15 meses atrás. Entretanto, a maior parte dos processos estavam fora do alcance da IWF, e vários recursos e outros elementos legais acionados pelos atletas pegos no doping acabaram por atrasar essa decisão. Agora a Corte Arbitral do Esporte (CAS) terminou de julgar todos os recursos, como os das chinesas medalhistas de ouro em Pequim, Chunhong Liu e Lei Cao, dando como improcedente seus recursos. O CAS ainda concedeu a liberdade para que a IWF pudesse suspender os nove países.

Cada país deve receber sanções distintas, já que os números de casos são diferentes. Aqueles com mais casos devem pegar ganchos mais pesados. A punição deverá ser de até um ano, mas os países terão a possibilidade de reduzir suas penas, após o Campeonato Mundial, assinando estritas e específicas condições no combate ao doping de suas federações. Detalhes mais completos deverão ser anunciados após a reunião do Conselho Executivo da IWF.

Foto: Getty Images


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