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Iraniano da classe Finn quer se tornar o primeiro velejador do país a disputar uma Olimpíadas

O Irã pode estar próximo de ter o seu primeiro representante em uma disputa da vela em Jogos Olímpicos. Trata-se de Ahmad Ahmadi, competidor da classe fim e que a partir desse mês disputa a Gold Cup, considerado o mundial da modalidade, em Balatonfoldvar, na Hungria. Para tentar a classificação para Tóquio, o iraniano lançou na internet uma campanha de financiamento para que as pessoas possam contribuir para a realização de seu sonho olímpico.

Oriundo da classe Laser, categoria em que quase se qualificou para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, ele participou de uma disputa da classe Finn pela primeira vez em 2015 e logo em seguida disputou o pré-olímpico continental em Qingdao, na China. Ele disputou a competição através de financiamento do programa de desenvolvimento da classe Finn, o FIDeS, mas não conseguiu a vaga.

Se dedicando integralmente à classe Finn neste momento, Ahmadi diz que está curtindo cada momento. Apesar disso, a dificuldade para seguir no esporte se mostra grande. Treinando periodicamente em Valência, na Espanha, o iraniano luta para conseguir financiar seu programa de treinamento e outros eventos, daí o motivo do financiamento na internet. Além de questões financeiras, Ahmedi também esbarra nas restrições de vistos para alguns países, onde acabou sendo negado sua entrada. Essas restrições acabam prejudicando o desenvolvimento do velejador e sua formação com outros competidores.

Apesar de todos os problemas enfrentados, Ahmedi se mostra orgulhoso do que vem conseguindo na nova classe e se mostra confiante na classificação inédita para uma Olimpíadas. "Como único velejador iraniano a nível internacional e um dos poucos velejadores da classe Finn da Ásia, estou ansioso para fazer história navegando pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio, fazendo os meus sonhos se tornarem realidade. Até agora estou fazendo o meu melhor, estou realmente lutando com a minha campanha por Tóquio" disse o velejador.

A campanha de financiamento na internet começou no mês de agosto e a campanha está hospedada no site GoFundMe. Apesar de contar com o apoio do programa de desenvolvimento da classe Finn, que financia de forma limitada suas viagens e treinamentos em Valência, Ahmdi precisa de uma quantia bem maior para que tenha sucesso em seu caminho rumo a Tóquio. "Porque a vela é um esporte novo e eu sou o único que mantém a chama da vela viva no Irã, até agora não consegui obter um patrocinador para me ajudar a treinar e competir de forma adequada. Não estou recebendo ajuda do meu país e eu tenho elaborado orçamentos para manter minha campanha viva em condições muito ruins, pedindo ajuda aos bancos. Mas com o sonho que tenho, nada pode me impedir e eu tenho que terminar o que eu comecei", afirmou o iraniano.


A Gold Cup da Finn começa a ser disputada na segunda-feira, dia 4 de setembro, em Balatonfoldvar, na Hungria. Após o mundial o iraniano passará a focar seus treinamentos e competições na preparação para o primeiro evento de qualificação para os Jogos de 2020, que ocorre na Dinamarca, na cidade de Aarhus, em agosto de 2018.  "Com a condição que tenho e a situação em que eu estou, estou colocando 100% de esforço no treinamento duro, na academia, fora do barco e especialmente quando estou no barco. Eu quero fazer história porque tenho habilidades, porque as pessoas do meu país, da minha cidade e da minha família aguardam há muitos anos. Estou totalmente focado e dedicado a esse sonho, mas preciso de ajuda ", concluiu o velejador.

Foto: Robert Deaves


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