A operação da polícia federal em conjunto com a justiça francesa sobre a suspeita de compra de votos para escolha do Rio para a sede dos jogos de 2016 pode prejudicar o pagamento da dívida de 132 milhões que o comitê dos jogos ainda tem a pagar. Presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman buscava persuadir o COI a saldar a dívida, mas com a apreensão de seus passaportes, a quitação do débito via COI ficou mais difícil. As informações são do jornal 'Folha de S.Paulo'
A decisão de dar recursos a Nuzman é do comitê executivo do COI. Segundo a 'Folha', a discussão das pares estava encaminhada, mas a repercussão do caso de compra de votos abalou a negociação. Com isso é provável que a dívida da Rio 2016 fique impagável.
Antes da ação da polícia federal, Nuzman tinha um plano de demonstrar uma relação atualizada dos débitos e um plano de ação para abatê-los. Ele apresentaria esse plano na reunião do COI em Lima,que foi realizado entre os dias 11 e 16, mas com o confisco de seus passaportes abortaram a ideia.
Encurralados, o comitê dos jogos busca a retomada do diálogo com COI e pretende fazer uma reunião em vídeo conferência na primeira quinzena de outubro. Sem muitas esperanças de que o comitê olímpico libere as verbas, Nuzman busca acordos com a Prefeitura do Rio, o governo do estado do Rio e o governo federal para saldar a dívida.
Mas os três órgãos federais afirmaram que não farão repasses. A 'folha', o ministério dos esportes disse que não tem mais nenhuma ligação com o comitê Rio 2016. No contrato da cidade-sede, prefeitura e estado do Rio são obrigado a arcar com possíveis dívidas. O comitê tem que ser encerrado obrigatoriamente até o fim de 2023.
O impacto do suposto envolvimento de Carlos Arthur Nuzman na compra de votos para a escolha do rio como sede dos jogos causou mal-estar e membros do COI pedem sua suspensão imediata. Ele é membro honorário do COI e integra comissão dos jogos de Tóquio. Advogados de Nuzman alegam inocência de seu cliente e entraram com um habeas corpus para recuperar os passaportes confiscados.
Com informações de 'Folha de S.Paulo'
Foto: Leo Correa/AP
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