Últimas Notícias

Coluna Surto Mundo Afora #2

Por Bruno Guedes

Tênis
O US Open termina com um feito inédito: pela primeira vez dois espanhóis estão no topo dos rankings da ATP e WTA, com Rafael Nadal e Garbiñe Muguruza, respectivamente. Enquanto Nadal chegará a 145 semanas em primeiro do mundo, Garbiñe fará sua estreia no posto de número um. Rafa conseguiu manter a posição graças a derrota do suíço Roger Federer nas quartas de finais para o argentino Martin Del Potro, jogo que está entre os melhores dessa edição do Grand Slam, e levantar a taça neste domingo.

Nas semifinais, o espanhol eliminou Delpo em outra partida espetacular. Delpo, com seu estilo guerreiro que o fez ser reverenciado pelos dois adversários, começou arrasador contra Nadal e venceu o primeiro set com muita autoridade, mas o cansaço físico e a grande forma do "Touro Miúra" pesaram. Após empatar num inacreditável 6-0 no segundo, Rafa venceu os outros dois com facilidade.

Na final, contra o sul-africano Kevin Anderson, o número um não teve muitas dificuldades para bater o adversário. Apostando na estratégia que lhe é característica, forçando as mudanças de lado, Nadal conseguiu administrar o jogo e vencer por 3 sets a 0 com muita facilidade. É o 16ª título de Grand Slam, mas uma coisa se destaca: o velho Rafael está de volta, forte e com tênis de alto nível.

Já no feminino, a decisão ficou em casa. E mostrou como a nova geração realmente chegou forte. Sloane Stephens, de 24 anos, derrotou a sua compatriota Madison Keys, de 22, por 2 sets a 0 na final, num surpreendente jogo de apenas 61 minutos! Com parciais de 6-3 e 6-0, Sloane, que já derrotara Venus Willians na semi, levantou seu primeiro caneco de Grand Slam e selou seu drama pessoal de 11 meses lesionada de forma triunfante.

O grande destaque da partida ficou por conta do que aconteceu após o fim dela. As duas tenistas ficaram durante um longo período conversando de forma descontraída e em meio às risadas das mesmas. Se a competição não teve Serena Willians, recém-saída de uma gravidez, e uma Sharapova eliminada ainda nas oitavas de finais, as duas jovens mostraram que os novos nomes já surgem para os próximos anos.

Hóquei no Gelo

A decisão da NHL de não liberar os jogadores da Liga profissional de hóquei no gelo para a disputa das Olimpíadas de Inverno, em fevereiro de 2018, PeyongChang, é um tiro no pé. Sem as grandes estrelas, perdem os dois lados dessa corda, já que os Jogos Olímpicos ficarão mais pobre tecnicamente e também a própria competição americana perderá os holofotes mundiais. A tentativa é de valorizar o seu produto, porém pode acabar sendo mais danoso que benéfico, ainda mais quando se trata de diversas nacionalidades envolvidas.

Os russos Alex Ovechkin e Evgeni Malkin já manifestaram interesse em defender a Rússia nos Jogos e passar por cima da decisão. Atual bicampeã olímpica, a seleção do Canadá dividiu os seus fãs ao avisar que levará um time alternativo, assim como os americanos. Outros atletas, principalmente escandinavos e do leste europeu, devem se "rebelar" sobre o caso.

Mesmo sendo o mais famoso torneio da modalidade no mundo, atraindo não só investimento como também grandes astros, a National Hockey League ainda compete por espaço com as outras três mais concorridas no esporte dos EUA: a NFL, NBA e MLB, respectivamente. Sem a visibilidade de seus atletas e até novos interessados em conhecer a modalidade, a NHL faz um anti-marketing que pode desvalorizar, a longo prazo, seus clubes. Vale lembrar que a MLS, a Liga Profissional de futebol no país, está em franca ascensão e já ameaça há algum tempo o posto entre as favoritas do público.

Os EUA tratam o esporte não só como uma causa social, mas também produto. Um espetáculo que eles sabem como fazer. Entretanto, se fechar desta maneira não é a solução.

Corrupção

Depois do Brasil ser investigado por suposta compra de votos para ser sede das Olimpíadas de 2016, agora o Japão também está na mira dos investigadores internacionais. Eles querem saber se houve algum ato ilícito na escolha nipônica. Após tantas exigências do COI para os escolhidos, agora somos nós que exigimos que os fatos sejam esclarecidos.

Fotos: Divulgação

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar