Na última quarta-feira (6), a Confederação brasileira de basquete (CBB) apresentou seu plano estratégico para 2017/2020, com metas ambiciosas. Com ajuda de parcerias, a entidade espera recolocar o basquete como o segundo esporte dos brasileiros, atrás apenas do futebol. No quesito governança, fechou parceria com a BDO auditores, empresa que acompanhará todo o trabalho interno. Ao mesmo tempo, foi ao mercado atrás de um patrocínio master, que pode sair em três semanas, e também de "limpar" o nome do basquete brasileiro, afundado em dívidas que somam R$ 46 milhões mesmo depois de receber R$ 53 milhões de patrocínios durante o ciclo 2012-2016.
"O basquete tem um potencial imenso no mundo e no Brasil. Temos 35 milhões de fãs aqui, e somando todas as possibilidades da modalidade, o basquete pode gerar até R$ 2 bilhões no mercado, somando NBA, NBB, CBB, etc. Claro que após grandes eventos, como a Olimpíada, o cenário é sempre de queda de investimento em marketing, mas vamos recuperar imagem e marca para queremos depender cada vez menos de recursos públicos, desmamar mesmo, esse é o termo" garantiu Ricardo Trade, diretor sênior de operações da CBB, lembrando que todas as ações futuras dependem também da confirmação de patrocínios e outras parcerias.
Entre os sonhos até o fim do quadriênio está a construção da Cidade do Basquete. No local estariam reunidos o CT das seleções brasileiras, outras instalações ligadas à modalidade e inclusive um Museu do Basquete. Jundiaí, no interior de São Paulo, saiu na frente para ser a sede do projeto. A prefeitura local garante ter a verba de R$ 32 milhões, aprovada junto ao Ministério do Esporte. Ribeirão Preto e Sorocaba, também em São Paulo, são outras candidatas. A vontade é que em 2019 a ambição saia do papel, sem nenhum custo financeiro à CBB.
A CBB também negocia a volta de patrocinadores como o bradesco e a eletrobrás. A busca por um patrocinador master continua. O acordo com a Motorola foi apenas uma 'degustação' para empresa, que deve definir se será a patrocinadora master do brasil nas próximas semanas
O basquete feminino terá uma atenção especial. De acordo com a entidade, é preciso aumentar a detecção de talentos e massificar a prática entre as meninas. a entidade vai observar jovens brasileiras em idade escolar que estão atuando nos Estados Unidos.
Entre outras ações da CBB, convém destacar: Criação do Circuito Nacional de basquete 3x3; Reabertura da escola nacional de árbitros e técnicos;Criação dos Centros Regionais da base;Criação da Universidade do Basquete;Formatação de uma ouvidoria profissional;Reafirmação da marca da CBB com novo site e redes sociais; Realinhamento da relação com a LNB, responsável pelo NBB; Alteração do estatuto, dando poder de voto a técnicos, clubes e atletas;Volta dos campeonatos brasileiros sub-13, 15, 17, 19, de clubes e seleções estaduais
Eliminatórias da copa do mundo de basquete
A CBB também anunciou que Carlos Lima e Cesar Guidetti estão sendo avaliados e ambos não estão garantidos no comando das seleções feminina e masculina, respectivamente. Sobre as eliminatórias, a convocação para os primeiros jogos das eliminatórias serão em setembro. 24 de novembro, o Brasil estreia nas eliminatórias contra o Chile fora de casa. Dia 27, joga contra Venezuela em Belém.
"Negociamos com três cidades, mas é bem provável que o jogo seja em Belém, na estreia das Eliminatórias. Para a segunda janela em casa, em fevereiro, negociamos com o Rio de Janeiro e interior de São Paulo. São os locais mais prováveis" explica Carlos Roberto Fontenelle, secretário geral da CBB.
A CBB também afirmou que provavelmente quem jogará a Euroliga não será liberado para as eliminatórias, por conta de desavenças entre a competição e a FIBA. A NBA prometeu liberar seus jogadores em apenas duas janelas, ainda não reveladas.
com informações de globoesporte.com
foto: Divulgação
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