Após a França, através da ministra dos esportes do país,
declarar que pode não participar das Olimpíadas de PyeongChang, na Coreia do
Norte, devido a grande tensão na península coreana, foi a vez da Áustria e da
Alemanha também levantarem a hipótese de abandonarem os próximos Jogos de
inverno. O argumento dos três países é o mesmo, o temor pela segurança de seus
atletas em uma cidade que fica há apenas 80 km de distância da fronteira com a
Coreia do Norte, que vem realizando diversos testes com misseis balísticos e
trocando ameaças cada vez mais constante com os Estados Unidos.
Existe muita especulação a respeito da participação de
alguns países e sobre a própria Olimpíadas de PyeongChang, que acontecerão de 9
até 25 de fevereiro. Recentemente a Coreia do Norte voltou a disparar mais um míssil
balístico e realizou seu sexto teste de armas nucleares, mesmo com as novas
sanções econômicas impostas ao país pelo Conselho de Segurança da ONU.
Na semana passada a ministra dos esportes da França, Laura
Flessel, disse que se a situação na região piorasse o país iria priorizar a
segurança de seus atletas e não mandariam ninguém para o evento.
Dess vez, Karl Stoss, chefe do Comitê Olímpico da Áustria,
disse que enquanto a segurança dos atletas forem garantidas pela organização, o
país participará, mas se isso deixar de acontecer, a Áustria ficará de fora dos
Jogos. “Se a situação piorar e a segurança dos atletas não for mais garantida,
não iremos para a Coréia do Sul", assegurou Stoss.
O Ministério das Relações Exteriores alemão também emitiu um
comunicado a respeito da situação e afirmaram que a questão da segurança e a
possibilidade de manter a equipe alemã em solo alemão seria decidida "em
tempo útil".
A troca de ameaças entre a Coreia do Norte e os estados Unidos
parece estar longe de se resolver. Após uma forte declaração de Donald Trump,
que ameaçou destruir o país caso fosse necessário, o ministro das relações
exteriores do país asiático, Lee Yong Ho, disse na Assembleia Geral das Nações
Unidas que as falas de Trump tornam os Estados Unidos um alvo inevitável para
ataques com os mísseis norte-coreanos.
Foto: IOC/Chung Sung-Jun
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