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Thomas Bach defende tempo maior para entrega do Legado Olímpico da Rio 2016

Quando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro se encerraram em setembro do ano passado, uma das principais preocupações passou a ser com a entrega do legado olímpico prometido durante a candidatura. Quase um ano depois e a maioria das instalações olímpicas estão sendo pouco utilizadas, algumas até sofrendo com o abandono. Disputas entre os níveis de governo para saber de quem é a responsabilidade de cada ginásio e a grave crise que afeta o país, e principalmente o estado do Rio de Janeiro, agravam ainda mais a situação.

Para o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, é preciso dar um tempo para que o Rio de Janeiro e o Brasil entregue o legado que foi prometido. Em Londres para acompanhar o mundial de atletismo, Bach em entrevista ressaltou que essa demora para se resolver questões burocráticas, de divisão de responsabilidades e da desmontagem e manutenção dos equipamentos esportivos é algo normal e citou Londres 2012 como exemplo. Somente após um ano do evento na capital britânica é que o legado esportivo começou a funcionar. “Temos que ser justos com os brasileiros. Depois dos Jogos aqui em Londres o parque olímpico ficou fechado para fazer as reformas e as adaptações” garantiu o presidente.

Bach lembrou ainda que o Brasil atravessa uma grave crise política e financeira e disse que devido a esses problemas, um prazo maior deveria ser dado ao Rio antes de acontecerem as cobranças. Em sua visão, os brasileiros podem ter questões mais urgentes para serem resolvidas do que o legado olímpico dos Jogos de 2016. “Você tem que levar em consideração a situação extremamente difícil no Brasil, que enfrenta a pior crise pelo qual o país já passou. Nessa situação nem todos os planos de legados estão correndo como deveriam, no tempo em que foram planejados. Você tem que dar essa oportunidade ao Rio 2016, e dadas as circunstâncias muito difíceis, dar-lhes um tempo maior, porque talvez nessa situação de emergência eles tenham outras prioridades” concluiu.


O assunto voltou aos noticiários com mais força na última semana, quando um balão teria caído no teto do velódromo do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, provocando um incêndio e destruindo parte da construção. A instalação foi erguida ao custo de 150 milhões de reais e recebeu os eventos de ciclismo de pista durante os Jogos. Desde o fim das disputas o velódromo quase não foi utilizado, mesmo tendo um gasto estimado de 10 milhões de reais anuais para a sua manutenção. Com a data de um ano da realização das Olimpíadas sendo celebrada, o assunto legado olímpico deve ganhar ainda mais destaque.

Foto: IOC Photo


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