Últimas Notícias

Tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte cresce e faz COI monitorar de perto a região dos Jogos de Pyeonchang

O clima de tensão é cada vez maior na península coreana. Testes com mísseis de projeção intercontinental feitos pela Coreia do Norte na região levantam suspeitas sobre as intenções do presidente norte-coreano Kim Jon-um. Ameaças do governante aos Estados Unidos são respondidas com fortes declarações de Donald Trump, presidente norte-americano, que ameaça contra-atacar o país asiático. Aviões norte-americanos sobrevoando a região, aviões japoneses sobrevoando a região. Possibilidades de o programa nuclear secreto da Coreia do Norte conseguir fabricar ogivas nucleares. E mais recentemente um plano dos norte-coreanos de atacar Guam. São vários os fatores que elevam a tensão na região e fazem o mundo inteiro ficar de olho. E em meio a isso tudo, a vizinha Coeria do Sul realiza em menos de um ano as Olimpíadas de Inverno. Os fatos que se desdobram na península coreana jogam sombras sobre a realização dos Jogos em PyeongChang, mas vem sendo monitorados de perto pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Fechado em um programa nuclear durante décadas, a coreia do Norte parece finalmente ter conseguido desenvolver armas de grande destruição e com poder de atravessar continentes. Isso tem gerado uma onda de provocações do líder norte-coreano aos Estados Unidos. Essas por sua vez, são prontamente respondidas por Donald Trump. A disputa de palavras entre os dois líderes vem causando incomodo e enervando as potências da região.

Nos últimos dias a Coreia do Norte passou a ameaçar atacar Guam, uma ilha norte-americana no oceano Pacífico. Divulgado pela agência estatal do país, o general do exército norte-coreano afirma que somente a força faria efeito para o presidente Trump. Para ele, seria impossível um diálogo sensato com um sujeito como o presidente dos Estados Unidos, desprovido de razão. As novas ameaças do general são uma resposta a Trump, que disse que a Coreia do Norte estaria arriscando a sua destruição se continuasse com o seu programa nuclear e armamentista. Trump assegurou que se continuasse a ser provocado, Pyongyang (capital norte-coreana) receberia um ataque de “fogo e fúria como o mundo nunca viu antes”.

Na Coreia do Sul um possível ataque norte-coreano é visto cada vez mais como sendo algo possível. Para eles, isso ocorre porque os Estados unidos veriam como provocação qualquer míssil que possa vir a ser lançado pela coreia do Norte em seu território, ainda que estes tenham apenas a função de fazer testes.

Com a preocupação cada vez maior sobre o futuro da região, o COI segue acompanhando de perto todos os passos que são dados nesse confronto. “Estamos monitorando a situação na península coreana e na região de forma muito próxima. O COI mantém-se informado sobre os desenvolvimentos. Continuamos trabalhando com o comitê organizador sobre os preparativos desses Jogos, que continuam no caminho certo", afirmou um porta-voz do COI.

Sede dos Jogos Olímpicos de Verão em Seul, 1988, a Coreia do Sul voltará a abrigar a competição em 2018, mas agora em sua edição de inverno. Pyeongchang 2018 será o primeiro de três jogos Olímpicos realizados na Ásia, seguido por Tóquio 2020 (verão) e Pequim 2022 (inverno). Para conseguir sediar o evento em 2018 a Coreia do Sul teve que persistir em suas tentativas. Candidata a sede nas edições de 2010 e 2014, o país viu suas candidaturas naufragarem, até que veio o sucesso com PyeongChang, eleita em 2011. As Olimpíadas serão realizadas no próximo mês de fevereiro.


O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, vem mantendo esforços para que atletas do país vizinho possam participar das Olimpíadas em fevereiro. Quando assumiu a presidência do país, Moon chegou a propor a disputa de forma unificada entre os dois países, mas um alto funcionário esportivo da Coreia do Norte disse ser impossível que isso ocorra, devido ao clima político cada vez mais tenso. Moon afirmou que as portas da Coreia do Sul estarão abertas até o último momento para os atletas norte-coreanos.

Foto: KCNA Reuters


0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar