Últimas Notícias

Técnico e jogadores do Brasil avaliam começo de trabalho no vôlei masculino no novo ciclo

Por Juvenal Dias

No último domingo ocorreu uma partida amistosa de vôlei no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, entre Brasil e Estados Unidos, com vitória dos anfitriões por 3 sets a 0. Depois do jogo, antes que a Seleção embarcasse para Manaus, conversamos com o técnico Renan Dal Zotto e dois de seus comandados, o levantador Bruninho e o oposto Wallace. Eles fizeram um balanço do desempenho do time nas primeiras competições disputadas neste novo ciclo olímpico, Liga Mundial e Sul-Americano, e projetaram o que esperar para a Copa dos Campeões, que será realizada em meados de setembro. Confira o que eles disseram:

“A bem da verdade é aquela coisa: se ganhamos, não fizemos mais que a obrigação, se perdemos, somos cobrados, então acho que o time cumpriu bem o objetivo, se dou ao máximo, não fez corpo mole em momento algum, as equipes que jogaram contra nós perceberam isso”, falou Wallace a respeito do recém-conquistado título continental no Chile.  Ele também respondeu ao questionamento de comparar metodologias do antigo comandante, Bernardinho, com o novo: “Ele (Renan) tem feito um bom trabalho, com certeza o time tem treinado como nunca treinou, particularmente eu nunca treinei tanto. Ele tem um perfil, diferente do Bernardo que é mais explosivo, mais cauteloso, mas é um cara que chega e cobra, e eu acho que tem que ser assim mesmo”.

O Bruninho comentou sobre como lidar com a diferença de nível entre as equipes presentes na Liga Mundial, realizada em Curitiba, e o Sul-Americano da semana passada: “Olha, já estamos maduros o suficiente para saber que campeonato é campeonato e entramos sempre para ganhar. Queríamos ganhar a Liga, não foi possível, perdemos na final, mas foi um bom resultado para o início de um trabalho. No Sul-Americano, a obrigação era totalmente nossa, fomos lá, fizemos nosso trabalho, respeitando nossos adversários, sabendo que existe uma diferença entre nossa equipe e muitas outras, com a Argentina menos. Tivemos o foco total e a postura para entrar em quadra e vencer, sem perder set algum. Isso demonstra a maturidade de um time que, não importa o campeonato, nós temos que jogar nosso melhor sempre”.  O levantador titular também falou da pressão por vitória no próximo torneio: “Será um nível muito forte de competição, na qual tem Estados Unidos, França, Itália, Irã e Japão, é muito complicado. Mas como você disse, estando com a camisa do Brasil, há sempre o peso, a responsabilidade grande de vencer. Estamos acostumados a isso, não é de hoje, desde quando entrei na Seleção, vivemos com este peso. Temos que continuar fazendo nosso trabalho no dia-a-dia, que é o mais importante e que vai nos preparar para essa Copa dos Campeões”.

“A Liga Mundial foi o (meu) início de tudo, mas, na verdade, foi uma continuação do trabalho que já vinha sendo realizado com muito sucesso pelo comando do Bernardo. Foi uma competição boa, o vice-campeonato foi um resultado bastante positivo, uma grande festa em Curitiba. O Sul-Americano era uma competição extremamente importante porque classificava para o Mundial – que será disputado em 2018 – também, além de ser um título relevante para o Brasil. Agora começamos esta série de amistosos (serão mais três) com o pé direito, então o trabalho está se encaminhando, estamos muito felizes do trabalho fluir muito bem no dia-a-dia, isso que é o mais importante. Jogo é muito reflexo do que ocorre nesses momentos, que estão ocorrendo coisas muito boas. O empenho é total de todos os atletas e comissão técnica, tudo está ocorrendo naturalmente, como sempre veio há décadas no nosso voleibol”, avaliou o técnico Renan, que também projetou o próximo passo: “A expectativa é de uma competição extremamente forte, com as principais equipes do mundo, de cada continente, então terá um equilíbrio muito grande. Temos um bom tempo ainda para ver quem vai estar no grupo para o torneio e esses jogos amistosos servirão para avaliar, principalmente os mais jovens. Nós daremos oportunidades para o crescimento deles, que é muito importante”.

Foto: CBV

 

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar