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SurtoRetrô do Rio 2016 - 03 de Agosto

O Surto Olímpico comemora o primeiro aniversário dos Jogos Olímpicos de 2016 inaugurando hoje uma série retrô de tudo o que aconteceu de melhor da nossa edição olímpica, de acordo com a visão de nossos editores, alguns torcedores e jornalistas que vivenciaram o espetáculo apresentado ao mundo pelo Rio. Esperamos que gostem!

Quarta-Feira, 03 de agosto de 2016.

Enfim, depois de quase 07 anos de uma angustiante espera, começavam o Jogos Olímpicos Rio 2016.
E como já é de tradição, o pontapé inicial - literalmente -  vem com as competições do futebol, que se iniciam dois dias antes da tão aguardada Cerimônia de Abertura. O Estádio Olímpico, também sede do atletismo nos Jogos, recebeu há exatamente um ano a primeira partida oficial das Olimpíadas de 2016, que foi jogo entre as seleções femininas de Suécia e Africa do Sul, que terminou em um morno 1 x 0 para a seleção européia, em partida válida pelo grupo E da competição, o mesmo do Brasil.

Coube a seleção feminina do Brasil a grande responsabilidade de estrear a participação dos atletas brasileiros como representantes do país sede, ao enfrentarem a seleção da China. O jogo marcado para as 16 horas no mesmo estádio, recebeu 27.618 torcedores ansiosos para ver principalmente Marta, uma das atletas mais populares do esporte brasileiro, e já entrarem no clima olímpico que começava a tomar conta do país inteiro. O "start" do Brasil não poderia ter sido melhor, vitória de 3 x 0 sobre a seleção asiática com gols de Mônica, Andressinha e Cristiane.

Naquele dia, a pouco mais de 434 km de distância da cidade olímpica, estava este que vos escreve na grande São Paulo, minha cidade natal, e não me aguentava de alegria por finalmente este dia ter chegado. Em menos de 24 horas iria para o Rio, mas não poderia esperar "tanto" para minha estreia em arenas olímpicas. O dia começou com minha ida à famosa rua 25 de março, afinal que lugar no mundo para comprar bugigangas em verde e amarelo para ser um exímio torcedor "surtado" do que lá? Estava com um grande amigo, o Rafael, que me acompanhou posteriormente na maioria das minhas aventuras olímpicas (Fomos pé quente, mas isso ficará para os outros posts). Chapéus, bandeiras e tinta guache depois, fui sentar para comer, olhei para a televisão e me deparei com o aperto de mão da sueca com a sul africana, o apito inicial seria dado e a partir dali, tudo que elas fizessem seria pensando em uma medalha. Os jogos haviam começado.

Particularmente, uma das primeiras coisas que observei, foram os caracteres da Olimpíada Rio 2016, algo que eu curto muito. As legendas com as bandeiras e os nomes dos atletas dão uma charme a mais, pelo menos para mim, exemplo disso é que defini natação como meu esporte favorito quando em Pequim-08 os atletas batiam na parede a apareciam seus nomes e bandeiras, era muito legal, não tinha aquele desespero do "quem ganhou a prata e o bronze?".

Saindo dali, pegamos o metrô e fomos direto para a Arena Corinthians, onde seria sediado naquele dia dois jogos pelo grupo F do torneio de futebol feminino (Canadá x Austrália e Zimbábue x Alemanha) .
Meu primeiro momento olímpico não foi lá tão legal, infelizmente. Fui barrado na entrada pois estava com mochila e em algum lugar do meu ingresso dizia que não poderia entrar com uma no local de competição, tive que descer um morro enorme - que quem já foi nesta arena conhece - para ir a um shopping que tinha perto dali, na esperança de um guarda volumes. Esperei alguns bons minutos para uma boa alma aparecer e vagar algum dos poucos locais em que poderia colocar minha mochila - e minhas bugigangas olímpicas - em segurança . Perdi o primeiro jogo da Olimpíada por bobeira, subi novamente o morro passando por algumas pessoas com as bandeiras canadenses, felizes com a vitória de seu país sobre a Austrália por 2 x 0. Desta vez consegui entrar e tentando relaxar, vivi meu primeiro momento olímpico com Alemanha x Zimbábue.

Vou deixar os relatos dos jogos para Juvenal Dias, um dos editores do Surto Olímpico, que trará para nós o depoimento do dia. Antes de passar a bola para ele, vale lembrar um dos grandes e mais engraçados momentos do primeiro dia, onde a torcida brasileira já demonstrou de cara que faria muito sucesso com sua irreverência. A goleira americana e tricampeã olímpica Hope Solo provocou polêmica dias antes do embarque para o Brasil ao postar uma foto com repelentes e redes protetoras contra mosquitos dizendo que era assim que viria ao país, que no ano passado se preocupava com um surto do vírus da zika, uma das maiores dores de cabeça da organização.

No estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, a favorita seleção americana enfrentava a Nova Zelândia pelo grupo G do futebol feminino. A vitória da equipe dos Estados Unidos por 2 x 0 acabou ficando em segundo plano, já que a torcida brasileira resolveu devolver a "brincadeira" de Solo, gritando "zika" todas as vezes que a americana batia algum tiro de meta. Foi uma estréia de gala dos animados torcedores brasileiros que causariam outros divertidos momentos ao longo dos dias que viriam a seguir.


Fique agora com o depoimento do dia, dado por Juvenal Dias, editor do Surto Olímpico.


Por Juvenal Dias
Há um ano, começava minha saga nos Jogos Olímpicos do Rio. Antes mesmo da cerimônia de abertura, dois dias antecipadamente já estava assistindo a modalidade mais popular do planeta. Curiosamente, seria a primeira e única vez que veria partidas de futebol no estádio na Olimpíada, depois só melhores momentos pela televisão e os “pênaltis dourados” no Parque Olímpico. Ou seja, nem tinha começado e já tinha esporte que não acompanharia mais.
Outra coisa interessante é que começaram as disputas, para as seleções do grupo F do futebol feminino e para mim, longe da Cidade Maravilhosa. A primeira rodada foi na Arena Corinthians, no bairro de Itaquera, em São Paulo. Era um dia típico de inverno com sol, frio e vento. Tive a companhia da minha namorada para ver Canadá x Austrália e Zimbábue x Alemanha, dois jogos que, se não foram um primor de técnica, foram divertidos e animaram o bom público que esteve presente em uma quarta-feira à tarde no estádio da Zona Leste.
No primeiro jogo, com um minuto de bola rolando as canadenses já estavam na frente do placar. Perderam pênalti na etapa complementar, mas marcaram novamente e superaram as australianas, que cruzariam o caminho de das brasileiras nas quartas-de-final, pela vantagem de 2 a 0. No jogo de fundo, as alemãs não tiveram dó da seleção africana e aplicaram uma goleada de 6 a 1. A torcida era, em sua maioria, a favor de Zimbábue, comemorou seu único gol, quando ainda tinha dois tentos de diferença e saiu satisfeita, assim como eu, de ver partidas entusiasmadas e com a certeza que os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul seriam realizados, começando com o pé direito. Principalmente porque, lá no Estádio Olímpico, o Brasil havia iniciado sua trajetória com vitória sobre a China. Restava agora a expectativa da estreia dos homens no dia seguinte, antes da abertura de fato.

Foto: Wilson Júnior / Estadão Conteúdo




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