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Seleção brasileira de judô passa por testes bioquímicos e fisiológicos com Laboratório do COB

Com o objetivo de melhorar a performance dos atletas e ajustar detalhes que podem fazer a diferença numa competição equilibrada como o Campeonato Mundial, a CBJ trouxe, literalmente, um laboratório de bioquímica e fisiologia para dentro da concentração da seleção brasileira de judô em Pindamonhangaba. Durante cinco dias intensos de treinamentos, os 21 convocados foram monitorados e examinados por uma equipe de oito pesquisadores do Laboratório Olímpico do COB passando por testes fisiológicos e bioquímicos.

"A nossa ideia, a partir destes testes, é dar informação para que a comissão técnica da seleção de judô possa ajustar a melhor forma de treinamento para os atletas, fazendo com que o exercício fique mais eficiente", explicou Sidney Cavalcante, coordenador do departamento de Fisiologia do Exercício do Laboratório do COB.

Sua equipe trabalhou monitorando o comportamento da variação de frequência cardíaca dos judocas em diferentes momentos do treinamento para gerar dados como o nível de recuperação física do atleta após um dia de atividade e o quanto a carga de treinos exigiu desse atleta.

Os testes bioquímicos, por outro lado, foram conduzidos pela equipe do professor L.C. Cameron e contaram com o auxílio de equipamento de alta tecnologia utilizado pela NASA para analisar aspectos metabólicos dos judocas, como o grau de hidratação, por exemplo.

"O que foi feito foi uma abordagem rápida para tentar entender o que está acontecendo com os atletas em situação real de treinamento ou competição", explica Cameron. "Fizemos análises em um dia e conseguimos entregar um feedback individualizado no dia seguinte nas mãos dos judocas. O laudo traz infromações que podem ser implementadas a partir do momento em que os atletas receberam essas informações."

Para aproximar os testes da realidade do treinamento, a equipe do Laboratório Olímpico montou uma estrutura à beira do dojô e fez uma força tarefa para examinar os atletas antes, durante e depois das atividades. Para que os testes fossem menos invasivos e não interferissem na rotina da seleção, os pesquisadores optaram por coletar amostras de sanque capilar e de urina. Ao final do período de análise, cada um dos 21 judocas testados recebeu seus laudos e explicações da equipe do Laboratório.

"Foi de extrema importância essa entrega do relatório no final do treinamento. Isso é bom porque estamos na porta de uma competição grande, que é o Mundial, e qualquer detalhe pode fazer a diferença", elogiou o medalhista olímpico Rafael Silva Baby. "É bom saber o que precisamos corrigir e saber que poderemos corrigir para buscar bons resultados neste Mundial."

Gestor de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson também aprovou o trabalho do Laboratório Olímpico junto à seleção e lembrou da importância do esforço conjunto das áreas para alcançar os resultados esperados na alta performance.

"É o somatório de pequenos detalhes que vão fazer grande diferença na alta performance. Não é à toa que temos nove atletas como cabeças de chave no Campeonato Mundial. Isso é mérito do esforço dos atletas e do trabalho da comissão técnica", lembra. "Foi muito importante esse feedback dos testes para que os atletas saiam daqui sabendo o que acontece com eles e o que podem melhorar neste espaço até o Mundial."

Depois do período de concentração no interior de São Paulo, a seleção voltOU a se reunir em Sainte-Géneviève-des-Bois, na França, a partir do dia 21 de agosto para aclimatação rumo ao Mundial de Budapeste. As lutas na capital húngara começarão no dia 28 de agosto e se encerrarão no dia 03 de setembro, com a inédita disputa por equipes mistas.

Foto: CBJ


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