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Por igualdade de gêneros, americana recorre a justiça e consegue vaga em mundial de atletismo

O campeonato mundial de atletismo de Londres, que tem início na próxima sexta-feira (04) mal começou e já está envolvido por mais uma polêmica.

A competição marcará a estreia da prova de 50 km da marcha atlética feminina e pela primeira vez desde sua criação homens e mulheres disputarão exatamente as mesmas provas.

A marchadora americana Susan Randall é uma das atletas que estão inscritas para a disputa inaugural e brigará para se tornar a primeira campeã mundial da história. Porém, para poder competir em Londres, a atleta precisou recorrer a procedimentos legais contra a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) alegando discriminação de gênero.

A IAAF estipulou o forte índice de 4 horas e 30 minutos para a qualificação para a competição mais importante do ano e apenas cinco mulheres no mundo conseguiram isso, Randall não estava entre elas. A alegação do advogado da marchadora, Paul DeMeester, é que a atleta deveria ter o direito de participar do mundial por ter sido vice campeã pan americana, sendo que no naipe masculino, as classificações também acontecem desta forma.

"A IAAF nunca deu às mulheres qualquer coisa sem ter que se deparar com advogados", disse DeMeester. Eles (IAAF) tem esta bela disposição de igualdade de gênero em sua Constituição, mas constantemente ignoram isso. A igualdade de gênero significa que deve ser aplicada uma regra da mesma forma para as mulheres, como é aplicada aos homens", completou.

Até o ano passado, nenhuma competição de marcha atlética para 50 quilômetros era permitida para as mulheres. Rendall foi uma das atletas mais ativas na busca da oficialização da prova que ocorreu apenas em janeiro deste ano.

Um porta voz da IAAF anunciou ontem (31) que a alegação de Randall foi aceita e ela poderá disputar a prova.

Dentre as adversárias da americana está a brasileira Nair da Rosa, que foi campeã pan americana em junho, vencendo inclusive Randall. Nair, Susan Randall, a chinesa Yin Hang e a portuguesa recordista mundial Inês Henriques estão entre as principais candidatas a medalha no evento.

Foto: Getty Images




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