O Tribunal Disciplinar de Atletismo confirmou nesta
quinta-feira a suspensão de Frankie Fredericks, ex-maratonista da Namíbia e
membro do Conselho da IAAF, por possíveis violações de ética. O dirigente
ficará afastado enquanto aguarda o fim das investigações.
Fredericks, quatro vezes medalhista de prata olímpica e um
dirigente em ascensão no cenário internacional, é suspeito de ter recebido
propina de Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, no
dia em que o Rio de Janeiro foi eleita para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Uma
suspensão prévia a Fredericks já havia sido aplicada em julho. A investigação
do caso vem sendo conduzida pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
Embora confirme ter recebido dinheiro de Massata Diack,
Fredericks sempre negou que o valor recebido seja fruto de propina. Segundo o
ex-maratonista, o dinheiro é fruto de trabalhos prestados por ele. A AIU
explicou que Fredericks apelou da decisão provisória aplicada em julho, mas que o painel da entidade decidiu pela suspensão do dirigente. “O Sr. Fredericks
apelou contra o pedido de suspensão provisória e seu recurso foi ouvido por um
painel ampliado do Tribunal Disciplinar. Tendo ouvido ambas as partes, o painel
ampliado concordou com as submissões da AIU e decidiu não cancelar o pedido de
suspensão provisória".
No começo do ano Fredericks, que é membro do COI, renunciou
ao cargo de chefe da equipe avaliadora das cidades candidatas aos Jogos Olímpicos de 2024. Ele também se retirou da força-tarefa da IAAF que investiga
o esquema de doping da Rússia após as acusações de que teria recebido propina
terem surgido.
Foto: Getty Images
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