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Evento no Parque Olímpico da Barra comemora um ano dos Jogos Olímpicos no Rio

O ouro inédito do futebol masculino, as conquistas de Rafaela Silva, no judô, e Thiago Braz, no salto com vara, a participação de uma delegação de refugiados, a pira olímpica sendo acesa por Vanderlei Cordeiro de Lima. Não foram poucos os momentos marcantes dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Há exatamente um ano teve início, pela primeira vez na América do Sul, o maior evento esportivo do planeta. Para celebrar a data e o legado deixado ao país, o Parque Olímpico da Barra recebeu público e autoridades neste sábado (5.8), com demonstrações esportivas e culturais.

Há um ano iniciávamos os Jogos Olímpicos sob olhares de desconfiança, mas isso não durou nem um dia inteiro. Bastou terminar a sensacional cerimônia de abertura para que o mundo tivesse certeza de que o Brasil iria realizar uma edição espetacular, e os dias seguintes confirmaram esse sucesso. O Brasil foi reconhecido nos quatro cantos do planeta por ter realizado a edição mais memorável da história até então", ressaltou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, durante a cerimônia realizada na Arena Carioca 1. "O país cumpriu a sua tarefa, deu orgulho aos brasileiros e foi admirado pelo mundo inteiro", acrescentou.

Um dos motivos de maior comemoração foi o fato de hoje já existir um legado olímpico em uso, não apenas no Rio de Janeiro, mas espalhado por todas as regiões. "Os Jogos foram a nossa oportunidade de remodelar a cidade, de resgatar o Porto Maravilha e fazer quilômetros de BRT e metrô. No esporte, construímos equipamentos nas cinco regiões brasileiras, em todas as unidades da federação", destacou Picciani.

Dezenas de alunos do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) que estiveram presentes na cerimônia são prova de que os benefícios alcançados pelo megaevento continuam em vigor. Por meio do Programa Forças no Esporte (Profesp), crianças e adolescentes usufruem da estrutura que foi reformada e equipada para receber delegações estrangeiras no período de treinamento para os Jogos, em um investimento federal de R$ 19 milhões.

"Lá eles praticam vários esportes, como judô, luta greco-romana, caratê, esgrima, remo e basquete", contou o instrutor cabo Pereira. "Temos uma estrutura excelente. Já era legal antes, mas, com as melhorias que foram feitas para os Jogos, hoje temos uma piscina, uma pista de atletismo e um ginásio de primeiro mundo. Isso facilita muito para trabalharmos com eles", elogiou.

Uso e estrutura
O Parque Olímpico da Barra também tem recebido diversas competições e treinamentos ao longo de 2017. "Já tivemos mais de 15 eventos desde a criação da Autoridade de Governança do Legado Olímpico, em março de 2017. Temos outros 18 confirmados e cerca de 60 que estamos analisando. Tenho a convicção de que estamos no caminho certo", afirmou o presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello. Já no Complexo de Deodoro, a cargo do Exército, treinos e campeonatos são realizados nas diversas arenas, como na Arena da Juventude, no Centro Nacional de Hipismo e no Centro Nacional de Tiro Esportivo.

"Muitos diziam que os brasileiros não seriam capazes de fazer uma grande Olimpíada, mas fizemos a melhor já vista no planeta. Agora temos a missão, que já vem sendo cumprida, de entregar o legado olímpico para a população num curto espaço de tempo. Muitos países levaram dois anos para fazer isso", comentou Paulo Márcio, anunciando ainda a construção de uma quadra de areia próximo ao Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra. "Esse será nosso primeiro novo empreendimento do legado. Depois do Rock in Rio já poderá ser utilizado por vários esportes de areia, sem a necessidade de qualquer investimento público para a construção desse espaço e com arquibancadas para aproximadamente 5 mil pessoas."

Já sob a tutela da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Parque Radical de Deodoro também deverá ser reaberto nos próximos dias para a população. "No fim deste mês ou no início de setembro vamos reabrir o nosso parque, que será um lugar espetacular na Zona Oeste", anunciou o prefeito Marcelo Crivella. "Poucos países alcançaram o nível de atividade nas suas arenas como nós alcançamos no Brasil", completou.

"Fiquei muito feliz com o anúncio da reabertura do Parque Radical. Aquele é um equipamento fantástico para uma das regiões mais carentes do Rio e um importante equipamento para a preparação dos atletas brasileiros para a próxima edição dos Jogos Olímpicos", comemorou o ministro do Esporte. "A tarefa de fazer o legado olímpico funcionar aqui nas instalações está adiantada, em pleno andamento e vai ficar cada vez melhor", apontou Picciani, que durante o evento deste sábado ainda assinou a portaria que institui a chamada pública para a concessão da Bolsa Atleta.

A cerimônia contou ainda com a participação do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, do ex-presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Joaquim Monteiro, e do presidente do Comitê Organizador Rio 2016 e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman. "Os Jogos foram considerados pelo Comitê Olímpico Internacional como espetaculares e memoráveis, palavras que não foram usadas antes para nenhuma das outras edições realizadas. Esse foi o reconhecimento internacional para os Jogos que lutamos para organizar e construir, que vão entrar para a memória de todos como um marco do que o Rio conseguiu trazer ao movimento olímpico internacional. Hoje vivemos o início de um grande legado", afirmou Nuzman.

Lembranças olímpicas
A festa homenageou ainda a atuação dos 45 mil voluntários dos Jogos, representados por João Alves para receber uma tocha olímpica. "Este é o segundo momento mais importante da minha vida. O primeiro foi quando eu fiz a minha inscrição e fui selecionado para fazer parte desse legado e dessa história", comemorou.

Atletas que competiram nos Jogos Olímpicos também relembraram os momentos vividos em agosto do ano passado. "Foi a minha segunda Olimpíada e posso dizer que o Rio não perdeu em nada para Londres. Foi tudo maravilhoso, com as instalações perfeitas", recordou Jaqueline Ferreira, do levantamento de peso. "Eu me arrepiei com os vídeos que mostraram aqui hoje, até chorei. É uma emoção muito grande. A expectativa foi grande com as pessoas achando que seria bagunçado, mas tive muito orgulho das Olimpíadas dentro de casa", contou.

"Competir em casa foi uma satisfação muito grande. Ver a torcida gritando o seu nome, incentivando, dá muita emoção", disse Julião Neto, que representou o Brasil no boxe. Ele e Jaqueline integram a Marinha por meio do Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas.

A Arena Carioca 1 contou ainda com apresentações de líderes de torcida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), além da banda do Exército. Após a cerimônia, o local recebeu partidas de futsal e a Copa Parque Olímpico de MMA Amador. Já na Arena 3 foram realizadas exibições de diversas modalidades, enquanto o Centro de Tênis recebia o Campeonato de Cadeirantes. A programação foi encerrada com shows e música no domínio público do Parque Olímpico.

Foto: Ministério do Esporte


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