Por Bruno Guedes
É
com muito prazer que faço minha estreia no Surto Olímpico, site que
acompanho já há alguns anos e que sempre me serve de consulta para
acompanhar os eventos esportivos. Como um apaixonado por esportes que
sou, todo e qualquer movimento atlético já é do meu interesse. Por isso
aceitei comentá-los e levar um pouco mais de informação a quem, assim
como eu, esteja sempre em alerta quando o assunto é Olimpíadas.
Hóquei na Grama
E
começo falando justamente do esporte que, na última edição dos Jogos
Olímpicos, foi o que mais mexeu com minhas emoções e razões: o hóquei na
grama. Neste final de semana tivemos as finais do Campeonato Europeu,
onde surpresas apareceram e hegemonias voltaram. Se há duas semanas a
Argentina recuperou seu trono nas Américas ao vencer a Copa Pan
Americana, no feminino, na Europa foi a vez da sua arqui-rival, a
Holanda, que perdera para a Inglaterra há dois anos. As holandesas
venceram a Bélgica na final, a grande zebra da competição, por 3 a 0 e
com total facilidade.
Renovadas,
já que agora não contam com lendas como Ellen Hoog, Naomi van As,
Paumen e a histórica goleira Sombroek, as jogadoras tentaram provar
nesse torneio que não ficarão à sombra da Geração de Ouro, uma das
maiores da História do esporte e que ainda tem algumas remanescentes no
plantel. Foi o nono título da competição, cuja maior vencedora é própria
Holanda.
No
masculino, os mesmas seleções na final. E o mesmo resultado. Os
holandeses conseguiram a virada sobre os medalhistas de prata nas
Olimpíadas do Rio e, de novo, cancelaram o sonho belga de campeonato.
Após o fraco desempenho nos Jogos Olímpicos, a Holanda pode ter dado o
seu passo inicial para se reerguer. A Oranje mostrou força e domínio no
continente, vencendo com homens e mulheres. Vale observar o que virá na
fase final da Liga Mundial, em novembro.
Atletismo
Mo
Farah se aposentou das pistas com ouro na etapa de Zurique da Diamond
League. Aos 34 anos, o bicampeão olímpico dos 5 e 10 mil metros fecha um
ciclo histórico e que deixou um legado na Grã Bretanha. Com oito
medalhas em mundiais, sendo seis de ouro, Mo abriu uma lacuna no
atletismo britânico que dificilmente será preenchido. Entretanto,
expandiu os horizontes do atletismo local, aumentando o interesse dos
jovens e ampliando o projeto esportivo da Terra da Rainha, que se
preparava para Londres 2012 com grandes perspectivas de conquistas e o
seu grande ídolo levantou essa bandeira.
Agora
Mo vai para as ruas. Mais precisamente as maratonas. Ali, seu reinado
terá que ser reconquistado em um território diferente dos que nos
habituamos a vê-lo correr. Em treinos para fundistas é comum os atletas
atingirem quantidades de quilometragem semelhante as que Farah vai ter
pela frente. Porém, sua experiência requer adaptações muito específicas e
só saberemos se dará certo ou não com o tempo.
Tênis
O
sorteio do US Open definido na ultima sexta-feira
deixou Nadal e Federer na chave superior. Com isso, descarta a
possibilidade de uma final entre eles, algo que todos aguardavam. O
espanhol, que é o atual líder do ranking, tem dois títulos no torneio.
Já o suíço, que está em terceiro, soma cinco conquistas. Porém, os dois
vêm de anos ruins no piso rápido americano. Rafa não ganha desde 2013 e
Roger, pasmem, desde 2008.
Só
que o grande holofote desta edição é a nova geração como antítese aos
monstros do esporte que se lançam como franco favoritos. Entre eles o
número 7 do mundo, o alemão Alexander Zverev, que chega a Nova York como aposta para chegar a final. Além dele, Nick Kyrgios, Grigori Dimitrov e Dominic Thiem surgem como novos nomes que vão se lançando aos fãs da raquete.
Nos
últimos anos o título do Aberto ficou com o Quarteto de Ferro do tênis,
Roger Federer, Novak Djokovic, Rafael Nadal e Andy Murray. Mas agora,
sem Djoko e Murray lesionados, as chances do Federer e Nadal aumentam na
mesma proporção com que a vontade de ganhar dos novatos, na ausência de
mais favoritos, dispara. O US Open promete...
Fotos: Frank Uijlenbroek/Divulgação
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