A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) apresentou superficialmente às federações estaduais auditoria privada contratada pela atual gestão para "revirar" documentos, prestações de contas e todas as ações financeiras dos últimos oito anos de governança da entidade, de 2009 até março de 2017, quando Carlos Nunes esteve à frente da CBB.
Ao assumir a confederação, a Chapa Transparência trabalhava com a informação de que as dívidas chegariam perto de R$ 17 milhões, mas a análise constatou um número muito maior levando em conta processos civis, trabalhistas, impostos devidos e prestações de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União. Os Valores chegam a quase R$ 46 milhões, segundo informações do globesporte.com
Com a auditoria finalizada, a CBB trabalha agora para enviar toda a documentação para a Federação Internacional de Basquete. A ação foi um dos pedidos da Fiba para tirar a suspensão imposta ao basquete brasileiro em novembro do ano passado, com término apenas em junho deste ano. Toda a documentação será traduzida para o inglês e encaminhada para a mandatária do basquete mundial. A promessa é de que as federações estaduais também recebam nas próximas semanas uma cópia do documento.
A CBB não detalhou os números da auditoria e prefere não comentar sobre o assunto neste momento, até porque a nova diretoria tenta "apagar o incêndio", mas o grosso da dívida seria referente a valores empenhados e gastos em convênios que tiveram prestações de contas reprovadas. Ou seja, as verbas teriam que ser devolvidas. Também existem diversos processos civis com fornecedores e até ex-patrocinadores, além de processos trabalhistas. Impostos devidos e empréstimos bancários que ainda irão vencer constam na listagem.
Ao menos, o COB voltará a liberar as verbas da lei Agnelo-Piva para a entidade, que é de um pouco mais de 1 milhão de reais para dezesseis projetos aprovados. Mas ainda segundo a CBB, ainda seria preciso mais 500 mil reais para normalizar as contas da CBB.
foto: CBB/Divulgação
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